Quando seu gato for diversas vezes na caixa sanitária fazer posicionamento para urinar e eliminar pouca quantidade, ou até não eliminar urina, ATENÇÃO, ele pode estar com a doença do trato urinário que acomete felinos, principalmente machos.
A doença do trato urinário inferior de felinos (DTUIF) é um conjunto de alterações que resultam na obstrução peniana com a não eliminação de urina, que por sua vez, pode causar graves danos aos rins e ao organismo. É por isso que, com a evolução do quadro, o animal pode apresentar-se quieto, se escondendo, rejeitando alimentação e nauseado ou até com vômitos. A causa principal é a ocorrência de cálculos, mas os chamados “tampões uretrais” e neoplasias, também podem ser a causa da obstrução.
A obstrução urinária uretral acomete principalmente os machos, pois eles apresentam uma uretra com características de estreitamento, que nas fêmeas não ocorre. Nos gatos machos é a porção da uretra que fica no pênis a que mais sofre com a obstrução, pois chega a apresentar um diâmetro correspondente a 1/3 do inicial, ou seja bem mais estreita.
Quando isso é observado, seu animal deve ser imediatamente levado para atendimento veterinário. Frente à confirmação do quadro, será necessária anestesia geral para promover a desobstrução por meio de sondagem, além da coleta de sangue e urina para alguns exames. Os exames objetivam auxiliar na determinação da gravidade e causas da doença. Outros exames, além desses citados, podem ser solicitados conforme a necessidade individual de cada paciente. Após o tratamento da desobstrução é indicada a permanência em internação para a correção das alterações orgânicas, recebimento de medicações, fluidoterapia, além do acompanhamento do fluxo urinário.
Após a correção do quadro, diversas orientações serão repassadas pelo Médico Veterinário, todas elas muito importantes para que um novo quadro obstrutivo não aconteça. As orientações incluem desde medicamentos ao tipo de alimentação que precisa ser oferecido ao seu animal.
Animais que apresentam mais de 3 quadros recidivantes deve ser considerada a correção cirúrgica, que nada mais é do que a retirada da porção da uretra mais estreita. No entanto, para isso, é necessária a remoção do pênis. Independente dessa cirurgia é importante lembrar que os cuidados pós-cirúrgicos seguem, pois a presença de cristais pode seguir ocorrendo. A diferença é que com a correção cirúrgica não causará mais a obstrução.