Pulgas e carrapatos são assuntos já bastante corriqueiros para quem tem animais de estimação em casa. Porém, com o aumento das temperaturas, a atenção precisa ser redobrada para a manutenção da saúde dos pets.
Hermes Raupp, médico veterinário da Clínica Espaço Animal, explica que estes parasitas se proliferam em maior quantidade no verão. “Quanto mais quente, mais acelerado é o ciclo de vida. Em estações quentes, pode ser de 21 dias”, afirma.
Desta forma, é importante que os donos tomem algumas medidas para evitar sua multiplicação pelo ambiente. Para ajudar a exemplificar, o veterinário listou alguns procedimentos que são essenciais no cuidado. São eles:
- Se houver tapetes, passar o aspirador de pó e expor ao sol durante 1h;
- Aspirar bem o piso, tapetes e carpetes, despejar a poeira no vaso sanitário ou queimar o saco. É importante aspirar o ambiente para capturar o maior número de ovos e pupas que não são atingidos pela maioria dos produtos químicos;
- Refazer a vedação do assoalho e dos rodapés, locais onde a pulga pode fazer ninho;
- Lavar o ambiente infestado com inseticida para matar as larvas e os adultos;
- Utilizar um produto antipulgas com período residual de pelo menos um mês;
- Todo material que entrar em contato com o animal, como mantas, paninhos e almofadas, deve ser lavado, fervido ou substituído.
Ainda, se for constatado que uma casa está infestada por estes insetos, deve-se “dedetizar a casa e simultaneamente usar um produto antipulgas no animal, com período residual de pelo menos um mês”, conforme explica o médico veterinário.
Embora os carrapatos sejam mais comuns em cachorros, é importante atentar-se também aos gatos, que podem ser vítimas destes parasitas. Já as pulgas, por sua vez, atacam igualmente ambas as espécies.

DOENÇAS
Segundo Hermes, são as pulgas e os carrapatos os transmissores de nematódeos (conhecidos como o “verme do coração”), de rickéttsias, de bactérias e de vírus, além de ocasionarem anemia e serem hospedeiros intermediários de verminoses. Também, conforme o profissional, a ação irritante da saliva do inseto pode causar uma reação alérgica na pele do animal.
Os riscos, porém, não se resumem apenas aos pets. Hermes Raupp alerta que, em caso de superinfestação, os parasitas podem atacar, inclusive, os humanos.