A busca por um estilo de vida mais saudável por parte dos tutores vem fazendo com que as mesmas mudanças sejam procuradas para os pets. Porém, na maioria das vezes, de forma errônea e não amparada tecnicamente.
Os pets (cão e gato) necessitam de 58 nutrientes diferentes diariamente e esses não são encontrados somente na mistura de arroz, carnes e vegetais. Uma alimentação natural precisa ser balanceada de acordo com a fase da vida do pet, se é filhote, adulto ou sênior. Além disso, há os que necessitam de uma dieta de acordo com alguma doença que possuem, seja ela renal, cardíaca ou dermatológica.
Só é capacitado para desenvolver uma dieta natural balanceada, um médico veterinário ou zootecnista especializado em nutrição e com amplo conhecimento das necessidades nutricionais dos pets em questão.
Infelizmente, segundo levantamento do setor de nutrição da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Jaboticabal (SP), no Dr. Google encontramos ” n ” formulações sem o mínimo de preocupação técnica, muitas vezes não só deixando a desejar por falta de nutrientes como usando nutrientes benéficos a humanos, mas sem aproveitamento algum para o organismo animal.
Alimentos crus também não são saudáveis. Carnes cruas podem desenvolver algumas doenças nos pets, pois podem transmitir bactérias, protozoários, entre outros patógenos. Se a alimentação natural não for balanceada, há risco de sérios danos à saúde do animal como deficiência vitamínica, anemia, entre outras.
Por Márcia Rambo | Médica Veterinária Publicado em 11/1/2023
Assim como os humanos, cães e gatos também sentem calor em dias quentes. Enquanto regulamos a temperatura corporal através da transpiração, eles usam a respiração, pois não apresentam glândulas sudoríparas.
Nos dias muito quentes, é necessário proteger os pets do calor excessivo, por meio do fornecimento de água fresca, limpa, em quantidade abundante, ambiente arejado, fornecer espaço adequado com acesso a sombra. Sem problema algum deixá-los com ventilador ou ar condicionado.
É muito importante evitar passeios nos horários de maior incidência solar. Além de redobrar os cuidados com ectoparasitas, uma vez que, nos meses de verão ocorrem mais infestações de pulgas e carrapatos.
Jamais deixe os cães e gatos presos dentro de carros, pois o carro se transforma em uma “estufa”, podendo causar danos irreversíveis à saúde deles. Nem mesmo as janelas entreabertas são capazes de amenizar a situação.
Cães e gatos apresentam temperatura basal semelhante. Entretanto, o gato, diferente do cachorro, não costuma ficar tão ofegante com o calor, dificultando a identificação de que o bichano está sofrendo com as altas temperaturas. Neles é mais visível observar perda de apetite, excesso de lambedura corporal, na tentativa de aliviar o desconforto causado pela temperatura elevada.
Como os cães e gatos apresentam a temperatura mais alta em relação a dos humanos, e não conseguem transpirar, eles são mais suscetíveis a hipertermia. Numa temperatura ambiente de 25°C, eles já demonstram desconforto. Então podemos sugerir que eles sentem mais calor do que nós.
Algumas raças, como o Bulldog Inglês, no caso dos cães, e o Persa, no caso dos gatos, são mais suscetíveis aos efeitos do calor. Pois eles apresentam o rosto achatado (braquicefálicos) apresentando dificuldade respiratória, ou seja, é mais difícil dispersar o calor.
Já os animais de raças oriundas de região de clima frio, como o Bernese, São Bernardo, Chow Chow, apresentam uma pelagem adaptada para funcionar como isolante térmico, composta por pêlos espessos e com dupla camada.
Basicamente, podemos amenizar os efeitos do calor excessivo nos pets, através de um adequado manejo ambiental e com cuidados de saúde apropriados.
Dicas para amenizar o calor dos pets
Importante manter os animais com acesso à sombra, em ambiente bem ventilado, fresco. Espalhar vários potes de água fresca e limpa, incluir cubos de gelo na água, oferecer “picolé” de sachê, escovar a pelagem dos cães e gatos para a remoção de pelos mortos também ajuda.
Além disso, existem colchonetes térmicos no mercado Pet que deixam a caminha “geladinha” para maior conforto dos nossos amigos.
Sempre cuidar dos horários dos passeios, para evitar aqueles de maior incidência solar, pois o asfalto e calçadas quentes podem causar queimaduras nas patinhas. E nunca esquecer de levar água para os animais beberem durante as caminhadas e brincadeiras ao ar livre.
Respeitar as características de cada espécie e raça, e principalmente manter a saúde dos cachorros e bichanos através de visitas regulares ao veterinário, prevenção de doenças com vacinação anual, feita sempre por Médico veterinário, uso de medicamentos específicos para endo e ectoparasitas.
Zulu tem 8 anos é um dos pacientes atendidos pela Espaço Animal que faz tratamento com células-tronco. O felino possui uma doença renal crônica.
O protocolo começou a ser aplicado no paciente no mês passado. Além dele, a paciente Nina – de 15 anos, e o paciente Tom, de 14, ambos caninos, também estão fazendo uso da técnica inovadora desenvolvida pelo laboratório Biocell que conta com uma Unidade Avançada no Núcleo de Nefrologia, Hemodiálise e Células-tronco, Nefrocell, com sede em Porto Alegre.
É o que relata a Médica Veterinária, Bruna Valle, responsável técnica da Nefrocell, que está aplicando a terapia regenerativa com células-tronco em nossa clínica. Conversamos com ela para tirar algumas dúvidas sobre o tratamento. Confira abaixo:
O que são células-tronco? As células-tronco são capazes de se transformar em outros tipos celulares com especialidades e funções específicas quando estimuladas. São encontradas em todos os indivíduos, desde a fase embrionária até a fase adulta.
Existem diferentes tipos de células-tronco, dentre elas, células-tronco embrionárias, células-tronco mesenquimais, células-tronco hematopoiéticas, entre outras. Na Nefrocell, utilizamos as células-tronco mesenquimais.
Essas células estão presentes em diversos tecidos do corpo e podem auxiliar no reparo de lesões do tecido no qual estão localizadas, bem como realizar a substituição de células que morrem naturalmente nos tecidos.
De onde são extraídas as células-tronco? De cães, gatos e equinos. (doadores saudáveis)
Elas servem para tratar quais doenças? É um tratamento promissor? Sim, muito promissor. O tratamento visa a melhorar a qualidade de vida dos pets com doenças crônicas. As doenças que podem ser tratadas são Ceratoconjuntivite Seca, Dermatite Atópica, Discopatias, Doença Renal Crônica, Feridas, Fraturas. Hipoplasia de Medula Óssea, Osteoartrose, Sequela Neurológica da Cinomose, Tendinopatias e Úlcera de Córnea.
Em quanto tempo de tratamento aparecem os sinais de melhora? Os sinais tendem a aparecer em média duas semanas após o transplante. Geralmente ocorre aumento de apetite e ganho de peso neste período.
Qual é a periodicidade do tratamento? Geralmente são de 3 a 4 transplantes, com um intervalo de 21 a 30 dias entre um e outro. Posteriormente há manutenções de 6 a 12 meses. Cada paciente é avaliado individualmente e, de acordo com o diagnóstico de um Médico Veterinário qualificado, poderá ocorrer alterações no protocolo.
Esse tratamento cura doenças? Não. O objetivo da terapia celular é melhorar a qualidade de vida do paciente com doença crônica e, consequentemente, diminuir os sintomas.
Quantos animais da Clínica Veterinária Espaço Animal você trata com células-tronco? Temos dois pacientes em tratamento: Zulu, felino de 8 anos, que iniciou seu protocolo no dia 12/12/22; Tom, canino de 14 anos, que iniciou seu protocolo no dia 19/12/22
Utilizando como exemplo o caso do Zulu, que problema de saúde ele tem? Zulu, foi diagnosticado com Doença Renal Crônica Estágio 4, em processo agudizado, e após a estabilização primária, foi introduzido o transplante de células-tronco.
De quanto tempo será o tratamento? O protocolo de tratamento utilizado no paciente Zulu, de acordo com exames realizados previamente, será de 3 transplantes com o intervalo de 21-30 dias. Na sequência, observaremos se haverá necessidade de um transplante de reforço de 6 a 12 meses, quando necessário.
Novembro é o mês de campanha mundial de combate ao câncer de próstata. Em pets domésticos, a doença é mais comum em cães do que nos gatos.
Com o avanço da idade, os hormônios sexuais, passam a funcionar de modo irregular, estimulando a próstata para que ela aumente de tamanho, mude de forma e textura. O crescimento do órgão pode ser sinal de enfermidades, entre elas o câncer.
Veterinária Márcia Rambo
Segundo a Médica Veterinária, Márcia Rambo, por estar próxima de diversos órgãos, o maior volume na próstata causa sintomatologia variada, tanto no sistema urinário, quanto digestivo. Sintomas esses que dependem do quanto a glândula esteja aumentada, gerando desconforto e dor.
Sintomas
Os sintomas são, muitas vezes, comuns em outras enfermidades:
Dificuldade para urinar e defecar;
Presença de sangue na urina;
Gotejamento de sangue ou pus pelo pênis;
Infecções urinárias recorrentes;
Fezes em formato achatado em virtude da compressão da porção final do intestino com aumento da próstata.
Dor e aumento de volume abdominal;
Aumento de volume da região perineal (entre o saco escrotal e o ânus);
Dificuldade locomotora com “fraqueza” dos membros posteriores;
Perda de peso;
Falta de apetite;
Febre, vômito, apatia, espasmos musculares ao tentar urinar.
Diagnóstico
Diante de qualquer um desses sintomas, o tutor deve consultar um médico veterinário já que quanto antes houver tratamento, maior as chances de cura. “O diagnóstico é feito através de três pilares: informações trazidas pelo tutor, palpação retal e exame de sangue e imagem”, explica Márcia.
Além disso, segundo a médica veterinária, a identificação de alterações na próstata considera a idade do paciente, o fato dele ser ou não castrado e o porte do animal, pois, apesar de não ter predileção racial, é mais comum em cães de grande porte.
Tratamento
Remover a próstata é a melhor forma de tratar doenças no órgão. A castração é aliada no tratamento quando ainda não foi feita no animal. Márcia salienta que a detecção de enfermidades em estágio inicial é mais eficiente e indica: “é de extrema importância a análise laboratorial do material removido (tumor), através de exame das células. Com base no tipo celular presente, é possível direcionar as terapias complementares, como quimioterapia, por exemplo”.
Prevenção
A melhor maneira de prevenir é o acompanhamento rotineiro do pet. Consultas anuais, a partir dos 5 anos de idade, para check-up são fundamentais. “Do ponto de vista dos tutores, é de suma importância a constante observação de seus pets a fim de notar qualquer alteração de comportamento”, conclui a veterinária.
Comemorado no dia 31 de outubro, o Halloween, entre outros símbolos, sempre foi associado aos gatos pretos, já que esses bichanos são tradicionalmente ligados às bruxas.
Mas qual será a origem dessa história? Que cuidados os tutores devem ter com seus felinos, principalmente, nesta época do ano? Quais são os mitos e verdades da relação entre os gatos pretos e o Dia das Bruxas?
É o que vamos buscar responder neste texto. Confira abaixo!
Origem da ligação entre os gatos pretos e o Halloween
Na Idade Média, os gatos pretos representavam mau agouro e azar. Nesse contexto, as pessoas relacionavam sua cor às trevas já que os bichanos têm hábitos noturnos. Inclusive a Igreja Católica perseguiu o animal nos tempos da Inquisição.
A associação com o Halloween ocorria porque, antigamente, mulheres mais velhas e sozinhas tinham o gato preto como companheiro. Isso, sem dúvida, mexia com o imaginário de muita gente que perseguia essas pessoas por serem possíveis simpatizantes à bruxaria.
Com o tempo, muitos desenhos animados e filmes incentivaram a ligação infundada que teve origem no tempo medieval. Histórias como essas também foram passadas de geração em geração. Por isso, o mito segue presente nos dias de hoje. Além disso, muitos gatos pretos ainda são cruelmente usados em rituais de magia atualmente.
Mitos e verdades
Gato preto dá azar: MITO! A crença é fruto da cultura da Idade Média em que pessoas de religiões pagãs e cuidadoras de gatos pretos eram perseguidas.
Gato preto é do demônio: MITO! Todos os animais têm a mesma origem, portanto os gatos pretos também merecem os mesmos cuidados e afeto que os demais. O que aconteceu foi que a superstição criou uma imagem negativa em cima desses bichinhos inocentes.
Gatos pretos são mais resistentes:VERDADE! Gatos pretos são mais resistentes a doenças do que gatos de outras cores. Além de possuírem genes mais resistentes, eles são tão dóceis e amáveis quanto todos os outros. Por isso, é tão importante reverter crenças equivocadas que tornam os gatos mais vulneráveis a abandonos e maus tratos.
Gatos pretos causam epidemias: MITO! Outra superstição que surgiu na Idade Média, apontou os gatos pretos como causadores de todos os males da época. A Peste Negra, por exemplo, foi uma epidemia que aconteceu entre os anos de 1347 a 1353, causada por uma bactéria proveniente dos ratos.
Gatos pretos precisam de mais cuidados:VERDADE! Em virtude do que trazemos neste texto, é necessário que os tutores de bichanos dessa pelagem adotem medidas de proteção mais contundentes para evitar maus tratos. No Halloween, por exemplo, há grupos envolvidos em ocultismo que utilizam a data para fazer rituais com gatos pretos. Diante disso, não somente nesta época do ano, mas sempre, é importante deixar os gatos pretos em lugares seguros. As casas e apartamentos devem ser telados para evitar que eles escapem e sejam vítimas de furto e de atropelamento.
No dia 16 de outubro, a Clínica Espaço Animal comemora 22 anos de serviços prestados à comunidade de Esteio.
Conversamos com o fundador e proprietário da clínica, o médico veterinário Hermes Raupp, para saber como foi a fundação do empreendimento. Confira:
Hermes Raupp
De onde surgiu a ideia de fundar a clínica?
Eu trabalhava em um grande hospital veterinário que não estava efetuando os pagamentos em dia. Além desse trabalho, atuava em uma clínica que desenvolvia um serviço que não vinha ao encontro do que eu acreditava. Assim, depois de muitas sessões de terapia, aceitei o desafio de ter o meu próprio negócio, apesar de não ter nenhuma experiência com gestão, o que gerava insegurança. Na época, eu residia em Porto Alegre e a escolha por Esteio por duas razões: a primeira é porque havia uma carência profissional neste ramo na cidade, o que iria propiciar uma diferenciação num espaço-tempo mais curto e a segunda razão foi pelo fato de não ter recursos para bancar um aluguel na capital e em Esteio ser mais barato.
Como foi a fundação da clínica?
Foi na fé e na coragem. Sem pesquisa mercadológica. Só com força de vontade mesmo e acreditando em mim mesmo. Iniciamos na mesma avenida em que estamos alocado hoje, só que no número 633, onde hoje funciona um restaurante japonês. Na época, eu morava em um quarto da própria clínica e usava a mesma cozinha do empreendimento. Só havia dois fornecedores e os pedidos precisavam ser escalonados de modo que houvesse um intervalo entre os boletos, a fim de juntar pagamentos. O mesmo ocorria com os R$ 630,00 de aluguel que tinham que ser pagos até o dia 10 de cada mês. Ficamos no mesmo endereço por 11 anos, até que em 2011 mudamos para sede própria na mesma Avenida Dom Pedro só que no número 678, onde estamos até os dias atuais.
Quais são os principais desafios e alegrias nestes 22 anos?
Os desafios são inúmeros pois, embora muitas pessoas pensem que nós veterinários somos mercenários, elas não têm noção da quantidade de exigências legais e tributárias que nos são exigidas para continuarmos funcionando. Muitas dessas exigências são meras burocracias que só dificultam a manutenção do negócio. Com relação às alegrias, penso que a principal é ter sido oriundo de uma família simples e ter conquistado tudo que conquistei. Desde criança, sempre quis ser veterinário. Conseguir frequentar uma faculdade, me formar e fundar uma clínica, que era um sonho, e, hoje, após 22 anos, conseguir mantê-la aberta e bem estruturada, é uma grande alegria.
A quem agradecer ao longo dessa trajetória?
Tenho a agradecer a muitas pessoas. Primeiro à minha família que sempre me incentivou a seguir os meus sonhos. Gratidão também a todos os meus colegas e colaboradores que passaram pela clínica e que, de alguma forma, deixaram a sua contribuição e fazem parte dessa história. Além desses, agradeço a uma boa parcela da população esteiense que depositou confiança em nosso trabalho, trabalho esse que buscamos fazer da melhor forma com muita integridade e honestidade. Hoje, o maior presente é a conquista dessa credibilidade junto a muitos clientes, alguns dos quais já se tornaram amigos, transformando as consultas em encontros.
Setembro é conhecido como o período da conscientização contra o suicídio. A maioria dos casos de atentado à própria vida tem relação com problemas de saúde mental.
Aproveitamos o ensejo para conversar com a psicóloga Danielle Kirch para saber como os pets podem contribuir para manter os tutores mais saudáveis mentalmente. Confira!
De que forma os animais de estimação contribuem para manutenção da saúde mental dos humanos?
Os animais em sua maioria retribuem o afeto recebido com mais intensidade, animais vinculam mais rápido, uma criança tímida, ao ter um animal de estimação como parceiro pode gerar mais confiança nas relações.
O que os tutores que têm algum problema de saúde mental podem fazer com os seus animais para atenuar possíveis sintomas de adoecimento mental?
Pessoas com dificuldade em sair de casa podem efetuar pequenos passeios, pois sabem da importância disso para o animal. Pessoas com dificuldades em memória e atenção tendem a aderir estratégias comportamentais para evitar esquecer de fazer algo para seu animal de estimação. Pessoas com sintomas iniciais de burnout, podem fazer do contato com o seu bicho um momento de pausa, um momento de descanso mesmo que a pessoa não deseje parar, brincar com seu animal pode liberar endorfina e essa pessoa pode se permitir relaxar.
Os pets servem como prevenção para problemas de saúde mental também?
Sim, um exemplo de prevenção seria a rotina necessária para manter um animal, comida, água, passeios, consultas veterinárias. Realizar essas atividades é de certa maneira manter o corpo e a mente em movimento, é pensar em planejamento futuro (compra de ração, consultas veterinárias anuais). Também exercita-se a memória ao fazer um passeio no parque pode fazer outra rota, realizando novas conexões neuronais. Todas essas atividades podem ser realizadas sem o animal de estimação, mas saber que é um ser vivo, que também depende de nós, que nos retribui com tanto carinho, que não nos cobra, que não foca em falhas e sempre está ali disposto a dar e receber carinho é recompensador e realizador.
A Leishmaniose Canina é uma infecção parasitária que pode ser transmitida para seres humanos. Embora não dê sinais no início, a doença tende a se agravar podendo levar o paciente a óbito.
No Brasil, a leishmaniose é um problema sério. Em 2017, 90% dos casos da enfermidade registrados na América Latina ocorreram em nosso país. Em 2012, a taxa de letalidade da doença era de 7,1%.
O que é e o que causa a leishmaniose canina?
Causada por um protozoário do tipo leoshmania, uma vez presente no organismo hospedeiro, há aumento da quantidade do agente e ele começa a atacar as células fagocitárias chamadas de macrófagos. Essas células integram o sistema imunológico auxiliando na proteção de agentes estranhos Se não for tratada, a doença pode atingir órgãos como o fígado e a medula óssea.
Há dois tipos de leishmaniose: a cutânea e a visceral. Nos cães, a mais comum é a visceral, pois o pet não é o hospedeiro preferencial da doença que acomete a pele.
Como ocorre a transmissão da leishmaniose canina?
O contágio da Leishmaniose canina não ocorre por meio de mordidas, saliva, entre outros, como muitas pessoas pensam. A transmissão se dá por meio da picada da fêmea do mosquito Lutzmyiia longipalpis. Para ocorrer a infecção, o mosquito precisa ter ingerido a amastigota da leishmania, que torna-se promastigota no intestino do mosquito (vetor). Quando pica um novo indivíduo, o mosquito disseminará a forma infectante da Leishmania, provocando a doença.
Sintomas
No início, nem todos os cães com Leishmaniose terão algum sinal. Estima-se que 60% dos contaminados são assintomáticos. Isso porque a doença pode ficar incubada entre de 3 meses a 6 anos. Ao longo da progressão, a Leishmaniose visceral pode atingir diferentes órgãos.
Assim, os simtomas variam conforme o órgão atingido. Mas os sinais iniciais comumente apresentados são:
Emagrecimento;
Lesões na pele (especialmente na face e nas orelhas);
Crescimento exacerbado das unhas;
Perda de apetite,
Febre
Diante de qualquer sintoma desses, é importante levar seu pet ao veterinário o quanto antes já que, conforme avança, a doença compromete e imunidade do cachorro e seus órgãos, podendo resultar na morte do animal.
Identificação da doença
É fundamental levar seu bicho ao veterinário porque a doença é diagnosticada somente com exame de sangue de sorologia, reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e PCR.
Outras maneiras de checar ao diagnóstico é o imprint de feridas, ou seja, uma citologia por decalque no qual colhe-se fragmento do órgão ou nódulo a ser examinado a fim de tentar localizar o parasita.
A entrevista com o tutor, assim como a avaliação clínica do paciente, também são muito importantes para ajudar o profissional a solicitar os exames adequados com precisão.
Há cura para a Leishmaniose?
Até pouco tempo, o diagnóstico de Leishmaniose era uma das piores notícias que um tutor poderia receber. Isso porque não havendo cura para a zoonose, a recomendação era que todos os pets confirmados com a doença fossem sacrificados.
A respeito disso, é interessante destacar que até havia remédios para a doença. No entanto, uma determinação de 1953 proibia o uso desses medicamentos em cães. A justificativa é que esses fármacos poderiam tornar o protozoário da Leishmania mais resistente, dificultando o tratamento em seres humanos.
A partir de 2018, graças a um medicamento de uso exclusivo nos pets, a Leishmaniose deixou de ser uma doença sem cura. O nome do remédio é Milteforan (miltefosina).
Ainda assim, é importante que o pet seja acompanhado de perto por um veterinário durante toda sua vida, já que o tratamento de Leishmaniose canina não elimina completamente a doença. Porém, impede a progressão da doença e diminui a carga do parasita, fazendo com que o cachorro deixe de ser um transmissor.
O mês de julho é todo dedicado a um olhar mais atento às Zoonoses, doenças infecciosas transmitidas entre animais e humanos. Para saber mais sobre essas enfermidades, conversamos com o Médico Veterinário da Clínica Espaço Animal, Luan Madruga. Confira abaixo:
Quais são as principais zoonoses?
Esporotricose, raiva, leptospirose, leishmaniose, giardíase toxoplasmose entre outras, sendo estas relacionadas pricipalmente a cães e gatos.
Quais seus sintomas e seus tratamentos?
Sintomas:
Esporotricose: lesões ulceradas com presença de pus principalmente em região de focinho e membros e com difícil cicatrização.
Raiva: alterações neurológicas, como excitação, agressividade e desorientação.
Giardíase: vômitos, diarréias, perda de apetite, desconforto abdominal.
Toxoplasmose: é geralmente assintomática em gatos. Em humanos, a infecção se dá pela ingesta de carnes mal cozidas, mas podendo também ser de contato com as fezes dos animais infectados.
Leishmaniose: perda de peso, apatia, alterações na pele e no pelo, crescimento exacerbado das unhas, lesões oculares, aumento dos linfonodos.
Tratamento: Sempre que os animais apresentarem qualquer sinal clínico procurar imediatamente um médico veterinário.
Qual é o papel do poder público no monitoramento de zoonoses?
O poder público tem o poder de orientar os meios de transmissões das zoonoses assim prevenindo ao máximo o número dos casos. Isso é importante porque há um mapeamento dos locais com maior incidência dos casos.
O que o tutor pode fazer para prevenir as zoonoses?
Para prevenção das zoonoses é sempre fundamental consultar periodicamente com um médico veterinário, bem como controle de endo (interno) e ectoparasitas (externos), manter a vacinação e promover uma saúde ambiental adequada.
Recentemente publicamos um texto aqui no site sobre os cuidados que você deve tomar com o seu pet nos dias mais frios. Vamos seguir no mesmo tema, mas falando de hiportemia, condição que pode acometer cães e gatos durante o inverno e podendo até levá-los a óbito. Confira a sequência de perguntas que foram respondidas pela Médica Veterinária daClínica Veterinária Espaço Animal, Rafaela Soppelsa:
1. O que é hipotermia?
A temperatura média do corpo dos pets varia de 37ºC a 39ºC. Abaixo disso, já é um estado hipotérmico. É preciso agir rápido para não reduzir mais.]
2. O que fazer?
Aquecer o animal, mantê-lo protegido de chuva, umidade e serração. Procurar atendimento clínico se não apresentar melhora.
3. Quais são os sintomas?
Tremores, corpo frio, extremidades frias, prostração, postura encolhida, atitude de busca em por um local quente.
4. A hipotermia pode levar à morte?
Sim.
5. Por quê?
A hipotermia reduz o fluxo sanguíneo. Assim o coração começa a bater mais devagar. O sangue sai das extremidades e se concentra nos órgãos vitais. A pressão baixa, o que desencadeia lesão nos órgãos alvo até que eles entrem em falência.
Plantão 24 horas
A Clínica Veterinária Espaço Animal oferece atendimento 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. Diante de dúvidas, contate (51) 3473 5650 ou (51) 99744 2355 (WhatsApp).