Benefícios que bichos de estimação trazem à saúde

De reduzir estresse até detectar câncer, animais podem ser muito benéficos à saúde, segundo pesquisas. Confira a lista abaixo:

1. Bons companheiros

Eles são graciosos e bons companheiros, mas não apenas isso. Animais de estimação fazem bem à saúde. Prova disso é que, recentemente, o hospital Albert Einstein, em São Paulo, liberou visitas de bichos a pacientes internados, inclusive em unidades semi-intensivas. O motivo da permissão é a humanização do tratamento e a interferência positiva que eles exercem na cura. Várias pesquisas já demonstraram o poder que esses “amigos” têm para melhorar a qualidade de vida.

2. Animal de estimação reduz o estresse

Um estudo feito pela Universidade Estadual de Nova York, nos Estados Unidos, mostrou que os bichos de estimação são ótimas companhias para combater o estresse. O experimento testava os níveis de tensão de pessoas em quatro situações: sozinhas, com seu parceiro, com seu animal e com seu parceiro e o animal. Eles descobriram, então, que a ocasião de maior tranquilidade foi apenas com o pet.

3. Pet diminui a depressão

A tristeza também vai embora com mais facilidade para as pessoas que têm animais. Diversas pesquisas já mostraram que essa convivência reduz a sensação de solidão, a ansiedade e a depressão. Isso porque, quando o humano passa parte do dia com um bicho, ele passa a produzir mais hormônios como a ocitocina, a prolactina e a serotonina, que melhoram o humor.

4. Bicho faz cair o risco de alergias em crianças

Muitas famílias podem escolher não ter um animal em casa para evitar que os filhos desenvolvam alergias. Mas estudos feitos por um pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison mostraram que as chances de uma criança ter esse tipo de problema são 33% menores com um bicho de estimação. Isso porque, com a convivência, os pequenos desenvolvem um sistema imunológico mais forte. Esse efeito, no entanto, não acontece entre adultos que já sofrem de alergias.

5. Animal em casa faz bem para o coração

Além do amor, os cães, gatos e outros pets ajudam de outra forma o coração dos donos. Segundo pesquisas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, criar um bicho em casa ajuda a reduzir a pressão sanguínea, o colesterol e o nível de triglicérides. Consequentemente, servem de prevenção contra ataques do coração e outras doenças cardiovasculares.

6. Cachorros ajudam a detectar câncer

Cães podem ser úteis aos donos e médicos na detecção de câncer em diversas regiões do corpo, como pele, bexiga, pulão, mama, ovário e colo. O diagnóstico é feito ao farejarem o local doente e é possível que os cachorros sejam até treinados para fazer esse tipo de descoberta. De acordo com especialistas, a precisão deles pode variar nas faixas de 80% e 90%.

7. Cães podem detectar hipoglicemia

Segundo um estudo conduzido pela Universidade Belfast do Queens, na Irlanda, e pela Universidade de Lincoln, na Inglaterra, diabéticos ou outras pessoas que têm bruscas quedas de níveis de açúcar no sangue podem treinar seus cães para ajudar a evitar crises de hipoglicemia. A pesquisa indica que cachorros seriam capazes de detectar uma redução do índice glicêmico, ao perceber sinais diferentes de comportamento, que o dono pode não perceber, e ao sentir a liberação de feromônios por meio do suor. Ainda não há uma conclusão fechada sobre o tema, mas um método a mais para prevenir o problema seria bem-vindo.

8. Cachorros ajudam no emagrecimento

Passear com o cachorro é bom para ele e para o dono, de acordo com levantamento do Instituto Wellness, no Hospital Northwest Memorial. As caminhadas com o pet são boas para manter e perder peso, e, segundo outro estudo do Instituto Nacional de Saúde (NHI), dos Estados Unidos, os responsáveis pela saída diária são menos propensos à obesidade, se comparados com quem não possui animal de estimação.

9. Gatos reduzem risco de AVC

Um estudo da Universidade de Minnesota afirma que gatos podem ser benéficos para prevenir acidente vascular cerebral, infarto e outras doenças cardiovasculares. O trabalho foi feito por 20 anos com quase 4.500 pessoas e percebeu-se que aqueles que não criaram os bichanos tiveram risco 40% maior de morrer de ataque do coração e 30% maior de perder a vida por uma doença cardiovascular, em relação aos donos de gatos. Esse resultado foi percebido apenas entre pessoas que tinham essa espécie, não incluindo os donos de cães. Apesar de não explicar a causa, os cientistas acreditam que esse poder está no fato de os gatos ajudarem a relaxar e reduzir a ansiedade de seus criadores.

Fonte: Revista Exame

Texto publicado no dia 18/3/2023

Cães tomam decisões a partir de expressões humanas

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) aponta que cães reconhecem as emoções dos seres humanos e utilizam delas para para tomar suas decisões. Exemplificando: costumam aproximar-se de pessoas alegres e se manter longe de quem apresenta expressão de raiva.

Uma habilidade que promove é benéfica para a segurança dos cachorros. Isso porque a tendência de se afastar de pessoas com raiva pode evitar situações de perigo para os animais, já se aproximar de seres humanos sorridentes está associado ao ganho de recompensas.

As conclusões são de Briseida Dôgo de Resende e Natalia Albuquerque, pesquisadoras do Instituto de Psicologia da USP. Elas produziram o artigo Dogs functionally respond to and use emotional information from human expression que foi publicado na revista Evolutionary Human Sciences.

Conforme Briseida Resende, o desenvolvimento da capacidade dos cachorros de entender as expressões humanas pode ser pensado em dois momentos: durante a evolução da espécie e ao longo da história individual de cada cão. 

“A seleção natural pode ter atuado no sentido de favorecer a sobrevivência de cães mais hábeis para aprender sobre as expressões das emoções dos humanos”, esclarece. Ela ainda destaca que é impossível precisar quando essa evolução aconteceu. De qualquer forma, o cão reconhece as emoções do tutor à medida que se aproxima dele, passando a se adaptar a elas, fortalecendo o vínculo entre ambos.

Além disso, os cães compreendem as consequências de cada expressão humana e respondem de acordo com cada uma delas. “Essas habilidades foram críticas para a aproximação das duas espécies, para o estabelecimento de laços e para a manutenção dos relacionamentos. Hoje em dia, dividimos nossas vidas com animais que são sintonizados a nós e que podem nos compreender”, afirma Natalia Albuquerque.

Segundo as professoras, há pesquisas que mostram que cavalos e gatos são capazes de reconhecer emoções por meio da expressão e do som. Assim, seria interessante investigar as respostas de cada espécie às emoções humanas.

Publicado no dia 6/3/2023 por Emilin Grings Silva

Referências:
Jornal da USP

Albuquerque, N., & Resende, B. (2023). Dogs functionally respond to and use emotional information from human expressions. Evolutionary Human Sciences, 5, E2. doi:10.1017/ehs.2022.57

O cão mais lindo do mundo: conheça as 9 raças consideradas as mais belas

Escolher qual é o cachorro mais bonito não é tarefa fácil. Há muitas raças com cães muito fofos, além dos animais sem raça definida que tem um charme todo especial.

Outra questão é que para o tutor, o mais lindo sempre vai ser o seu cachorro, não é mesmo?

Pois bem, o site da Cobasi traz nove raças que são consideradas as mais belas. Confira:

Akita Ainu

Beagle

Chow chow

Golden Retriever

Husky Siberiano

Samoieda

São Bernardo

Você concorda que essas raças são as mais bonitas do mundo? Queremos saber a sua opinião. Comenta aí!

Alimentação natural pode prejudicar saúde de pets

Por Hermes Raupp | Médico Veterinário

A busca por um estilo de vida mais saudável por parte dos tutores vem fazendo com que as mesmas mudanças sejam procuradas para os pets. Porém, na maioria das vezes, de forma errônea e não amparada tecnicamente.

Os pets (cão e gato) necessitam de 58 nutrientes diferentes diariamente e esses não são encontrados somente na mistura de arroz, carnes e vegetais. Uma alimentação natural precisa ser balanceada de acordo com a fase da vida do pet, se é filhote, adulto ou sênior. Além disso, há os que necessitam de uma dieta de acordo com alguma doença que possuem, seja ela renal, cardíaca ou dermatológica.

Só é capacitado para desenvolver uma dieta natural balanceada, um médico veterinário ou zootecnista especializado em nutrição e com amplo conhecimento das necessidades nutricionais dos pets em questão.

Infelizmente, segundo levantamento do setor de nutrição da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Jaboticabal (SP), no Dr. Google encontramos ” n ” formulações sem o mínimo de preocupação técnica, muitas vezes não só deixando a desejar por falta de nutrientes como usando nutrientes benéficos a humanos, mas sem aproveitamento algum para o organismo animal.

Alimentos crus também não são saudáveis. Carnes cruas podem desenvolver algumas doenças nos pets, pois podem transmitir bactérias, protozoários, entre outros patógenos. Se a alimentação natural não for balanceada, há risco de sérios danos à saúde do animal como deficiência vitamínica, anemia, entre outras.

Publicado em 2/2/2023 por Emilin Grings Silva

Como saber se o pet está com calor?

Por Márcia Rambo | Médica Veterinária
Publicado em 11/1/2023

Assim como os humanos, cães e gatos também sentem calor em dias quentes. Enquanto regulamos a temperatura corporal através da transpiração, eles usam a respiração, pois não apresentam glândulas sudoríparas.

Nos dias muito quentes, é necessário proteger os pets do calor excessivo, por meio do fornecimento de água fresca, limpa, em quantidade abundante, ambiente arejado, fornecer espaço adequado com acesso a sombra. Sem problema algum deixá-los com ventilador ou ar condicionado.

É muito importante evitar passeios nos horários de maior incidência solar. Além de redobrar os cuidados com ectoparasitas, uma vez que, nos meses de verão ocorrem mais infestações de pulgas e carrapatos.

Jamais deixe os cães e gatos presos dentro de carros, pois o carro se transforma em uma “estufa”, podendo causar danos irreversíveis à saúde deles. Nem mesmo as janelas entreabertas são capazes de amenizar a situação.

Saiba mais | Intermação: o fenômeno que pode levar seu pet à morte

Cães e gatos apresentam temperatura basal semelhante. Entretanto, o gato, diferente do cachorro, não costuma ficar tão ofegante com o calor, dificultando a identificação de que o bichano está sofrendo com as altas temperaturas. Neles é mais visível observar perda de apetite, excesso de lambedura corporal, na tentativa de aliviar o desconforto causado pela temperatura elevada.

Como os cães e gatos apresentam a temperatura mais alta em relação a dos humanos, e não conseguem transpirar, eles são mais suscetíveis a hipertermia. Numa temperatura ambiente de 25°C, eles já demonstram desconforto. Então podemos sugerir que eles sentem mais calor do que nós.

Algumas raças, como o Bulldog Inglês, no caso dos cães, e o Persa, no caso dos gatos, são mais suscetíveis aos efeitos do calor. Pois eles apresentam o rosto achatado (braquicefálicos) apresentando dificuldade respiratória, ou seja, é mais difícil dispersar o calor.

Já os animais de raças oriundas de região de clima frio, como o Bernese, São Bernardo, Chow Chow, apresentam uma pelagem adaptada para funcionar como isolante térmico, composta por pêlos espessos e com dupla camada.

Basicamente, podemos amenizar os efeitos do calor excessivo nos pets, através de um adequado manejo ambiental e com cuidados de saúde apropriados.

Dicas para amenizar o calor dos pets

Importante manter os animais com acesso à sombra, em ambiente bem ventilado, fresco. Espalhar vários potes de água fresca e limpa, incluir cubos de gelo na água, oferecer “picolé” de sachê, escovar a pelagem dos cães e gatos para a remoção de pelos mortos também ajuda.

Além disso, existem colchonetes térmicos no mercado Pet que deixam a caminha “geladinha” para maior conforto dos nossos amigos.

Sempre cuidar dos horários dos passeios, para evitar aqueles de maior incidência solar, pois o asfalto e calçadas quentes podem causar queimaduras nas patinhas. E nunca esquecer de levar água para os animais beberem durante as caminhadas e brincadeiras ao ar livre.

Respeitar as características de cada espécie e raça, e principalmente manter a saúde dos cachorros e bichanos através de visitas regulares ao veterinário, prevenção de doenças com vacinação anual, feita sempre por Médico veterinário, uso de medicamentos específicos para endo e ectoparasitas.

Tratamento com células-tronco oferece melhor qualidade de vida para os pets

Publicado dia 9/1/2023 por Emilin Grings Silva

Zulu

Zulu tem 8 anos é um dos pacientes atendidos pela Espaço Animal que faz tratamento com células-tronco. O felino possui uma doença renal crônica.

O protocolo começou a ser aplicado no paciente no mês passado. Além dele, a paciente Nina – de 15 anos, e o paciente Tom, de 14, ambos caninos, também estão fazendo uso da técnica inovadora desenvolvida pelo laboratório Biocell que conta com uma Unidade Avançada no Núcleo de Nefrologia, Hemodiálise e Células-tronco, Nefrocell, com sede em Porto Alegre.

É o que relata a Médica Veterinária, Bruna Valle, responsável técnica da Nefrocell, que está aplicando a terapia regenerativa com células-tronco em nossa clínica. Conversamos com ela para tirar algumas dúvidas sobre o tratamento. Confira abaixo:

O que são células-tronco?
As células-tronco são capazes de se transformar em outros tipos celulares com especialidades e funções específicas quando estimuladas. São encontradas em todos os indivíduos, desde a fase embrionária até a fase adulta.

Existem diferentes tipos de células-tronco, dentre elas, células-tronco embrionárias, células-tronco mesenquimais, células-tronco hematopoiéticas, entre outras. Na Nefrocell, utilizamos as células-tronco mesenquimais.

Essas células estão presentes em diversos tecidos do corpo e podem auxiliar no reparo de lesões do tecido no qual estão localizadas, bem como realizar a substituição de células que morrem naturalmente nos tecidos.

De onde são extraídas as células-tronco?
De cães, gatos e equinos. (doadores saudáveis)

Elas servem para tratar quais doenças? É um tratamento promissor?
Sim, muito promissor. O tratamento visa a melhorar a qualidade de vida dos pets com doenças crônicas. As doenças que podem ser tratadas são Ceratoconjuntivite Seca, Dermatite Atópica, Discopatias, Doença Renal Crônica, Feridas, Fraturas. Hipoplasia de Medula Óssea, Osteoartrose, Sequela Neurológica da Cinomose, Tendinopatias e Úlcera de Córnea.

Em quanto tempo de tratamento aparecem os sinais de melhora?
Os sinais tendem a aparecer em média duas semanas após o transplante. Geralmente ocorre aumento de apetite e ganho de peso neste período.

Qual é a periodicidade do tratamento?
Geralmente são de 3 a 4 transplantes, com um intervalo de 21 a 30 dias entre um e outro. Posteriormente há manutenções de 6 a 12 meses. Cada paciente é avaliado individualmente e, de acordo com o diagnóstico de um Médico Veterinário qualificado, poderá ocorrer alterações no protocolo.

Esse tratamento cura doenças?
Não. O objetivo da terapia celular é melhorar a qualidade de vida do paciente com doença crônica e, consequentemente, diminuir os sintomas.

Quantos animais da Clínica Veterinária Espaço Animal você trata com células-tronco?
Temos dois pacientes em tratamento: Zulu, felino de 8 anos, que iniciou seu protocolo no dia 12/12/22; Tom, canino de 14 anos, que iniciou seu protocolo no dia 19/12/22

Utilizando como exemplo o caso do Zulu, que problema de saúde ele tem?
Zulu, foi diagnosticado com Doença Renal Crônica Estágio 4, em processo agudizado, e após a estabilização primária, foi introduzido o transplante de células-tronco.

De quanto tempo será o tratamento?
O protocolo de tratamento utilizado no paciente Zulu, de acordo com exames realizados previamente, será de 3 transplantes com o intervalo de 21-30 dias. Na sequência, observaremos se haverá necessidade de um transplante de reforço de 6 a 12 meses, quando necessário.

Bruna Valle: médica veterinária

Agosto verde: mês de combate à Leishmaniose Canina

A Leishmaniose Canina é uma infecção parasitária que pode ser transmitida para seres humanos. Embora não dê sinais no início, a doença tende a se agravar podendo levar o paciente a óbito.

No Brasil, a leishmaniose é um problema sério. Em 2017, 90% dos casos da enfermidade registrados na América Latina ocorreram em nosso país. Em 2012, a taxa de letalidade da doença era de 7,1%.

O que é e o que causa a leishmaniose canina?

Causada por um protozoário do tipo leoshmania, uma vez presente no organismo hospedeiro, há aumento da quantidade do agente e ele começa a atacar as células fagocitárias chamadas de macrófagos. Essas células integram o sistema imunológico auxiliando na proteção de agentes estranhos Se não for tratada, a doença pode atingir órgãos como o fígado e a medula óssea.

Há dois tipos de leishmaniose: a cutânea e a visceral. Nos cães, a mais comum é a visceral, pois o pet não é o hospedeiro preferencial da doença que acomete a pele.

Como ocorre a transmissão da leishmaniose canina?

O contágio da Leishmaniose canina não ocorre por meio de mordidas, saliva, entre outros, como muitas pessoas pensam. A transmissão se dá por meio da picada da fêmea do mosquito Lutzmyiia longipalpis. Para ocorrer a infecção, o mosquito precisa ter ingerido a amastigota da leishmania, que torna-se promastigota no intestino do mosquito (vetor). Quando pica um novo indivíduo, o mosquito disseminará a forma infectante da Leishmania, provocando a doença.

Sintomas

No início, nem todos os cães com Leishmaniose terão algum sinal. Estima-se que 60% dos contaminados são assintomáticos. Isso porque a doença pode ficar incubada entre de 3 meses a 6 anos. Ao longo da progressão, a Leishmaniose visceral pode atingir diferentes órgãos.

Assim, os simtomas variam conforme o órgão atingido. Mas os sinais iniciais comumente apresentados são:

  • Emagrecimento;
  • Lesões na pele (especialmente na face e nas orelhas);
  • Crescimento exacerbado das unhas;
  • Perda de apetite,
  • Febre

Diante de qualquer sintoma desses, é importante levar seu pet ao veterinário o quanto antes já que, conforme avança, a doença compromete e imunidade do cachorro e seus órgãos, podendo resultar na morte do animal.

Identificação da doença

É fundamental levar seu bicho ao veterinário porque a doença é diagnosticada somente com exame de sangue de sorologia, reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e PCR.

Outras maneiras de checar ao diagnóstico é o imprint de feridas, ou seja, uma citologia por decalque no qual colhe-se fragmento do órgão ou nódulo a ser examinado a fim de tentar localizar o parasita.

A entrevista com o tutor, assim como a avaliação clínica do paciente, também são muito importantes para ajudar o profissional a solicitar os exames adequados com precisão.

Há cura para a Leishmaniose?

Até pouco tempo, o diagnóstico de Leishmaniose era uma das piores notícias que um tutor poderia receber. Isso porque não havendo cura para a zoonose, a recomendação era que todos os pets confirmados com a doença fossem sacrificados.

A respeito disso, é interessante destacar que até havia remédios para a doença. No entanto, uma determinação de 1953 proibia o uso desses medicamentos em cães. A justificativa é que esses fármacos poderiam tornar o protozoário da Leishmania mais resistente, dificultando o tratamento em seres humanos.

A partir de 2018, graças a um medicamento de uso exclusivo nos pets, a Leishmaniose deixou de ser uma doença sem cura. O nome do remédio é Milteforan (miltefosina).

Ainda assim, é importante que o pet seja acompanhado de perto por um veterinário durante toda sua vida, já que o tratamento de Leishmaniose canina não elimina completamente a doença. Porém, impede a progressão da doença e diminui a carga do parasita, fazendo com que o cachorro deixe de ser um transmissor.

Julho: mês de combate às zoonoses

O mês de julho é todo dedicado a um olhar mais atento às Zoonoses, doenças infecciosas transmitidas entre animais e humanos. Para saber mais sobre essas enfermidades, conversamos com o Médico Veterinário da Clínica Espaço Animal, Luan Madruga. Confira abaixo:

Quais são as principais zoonoses?

Esporotricose, raiva, leptospirose, leishmaniose, giardíase toxoplasmose entre outras, sendo estas relacionadas pricipalmente a cães e gatos.

Quais seus sintomas e seus tratamentos? 

Sintomas:

Esporotricose: lesões ulceradas com presença de pus principalmente em região de focinho e membros e com difícil cicatrização.

Raiva: alterações neurológicas, como excitação, agressividade e desorientação.

Leptospirose: icterícia (cor amarelada), algia (dor) abdominal, vômitos, diarréia, prostração.

Giardíase: vômitos, diarréias, perda de apetite, desconforto abdominal.

Toxoplasmose: é geralmente assintomática em gatos. Em humanos, a infecção se dá pela ingesta de carnes mal cozidas, mas podendo também ser de contato com as fezes dos animais infectados.

Leishmaniose: perda de peso, apatia, alterações na pele e no pelo, crescimento exacerbado das unhas, lesões oculares, aumento dos linfonodos.

Tratamento: Sempre que os animais apresentarem qualquer sinal clínico procurar imediatamente um médico veterinário.

Qual é o papel do poder público no monitoramento de zoonoses?

O poder público tem o poder de orientar os meios de transmissões das zoonoses assim prevenindo ao máximo o número dos casos. Isso é importante porque há um mapeamento dos locais com maior incidência dos casos.

O que o tutor pode fazer para prevenir as zoonoses?

Para prevenção das zoonoses é sempre fundamental consultar periodicamente com um médico veterinário, bem como controle de endo (interno) e ectoparasitas (externos), manter a vacinação e promover uma saúde ambiental adequada.

Hipotermia pode levar cães e gatos à morte

Recentemente publicamos um texto aqui no site sobre os cuidados que você deve tomar com o seu pet nos dias mais frios. Vamos seguir no mesmo tema, mas falando de hiportemia, condição que pode acometer cães e gatos durante o inverno e podendo até levá-los a óbito. Confira a sequência de perguntas que foram respondidas pela Médica Veterinária da Clínica Veterinária Espaço Animal, Rafaela Soppelsa:

1. O que é hipotermia?

A temperatura média do corpo dos pets varia de 37ºC a 39ºC. Abaixo disso, já é um estado hipotérmico. É preciso agir rápido para não reduzir mais.]

2. O que fazer?

Aquecer o animal, mantê-lo protegido de chuva, umidade e serração. Procurar atendimento clínico se não apresentar melhora.

3. Quais são os sintomas?

Tremores, corpo frio, extremidades frias, prostração, postura encolhida, atitude de busca em por um local quente.

4. A hipotermia pode levar à morte?

Sim.

5. Por quê?

A hipotermia reduz o fluxo sanguíneo. Assim o coração começa a bater mais devagar. O sangue sai das extremidades e se concentra nos órgãos vitais. A pressão baixa, o que desencadeia lesão nos órgãos alvo até que eles entrem em falência.

Plantão 24 horas

A Clínica Veterinária Espaço Animal oferece atendimento 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. Diante de dúvidas, contate (51) 3473 5650 ou (51) 99744 2355 (WhatsApp).

Ter pets pode ser considerado “treino” para a paternidade e maternidade

Mauro Iracet e Ivo Filho estão casados há mais de 13 anos. São tutores de quatro câes: Yuki, chow-chow; Tyra, indefinida; Mick, indefinida; Lana, cruza de yorkshire e indefinida. Eles não pretendem ter filhos humanos já que os cachorros são filhos que escolheram ter. 

Mauro e Ivo com os cães

Segundo Mauro, os pets os fazem sentir-se família. “Há as preocupações e os cuidados, mas os quatro nos devolvem em carinho, atenção e amor incondicional”, destaca. Salvas as devidas proporções, Mauro acredita que ser tutor de pet facilita a criação de uma criança. “Creio que eles agregariam companhia e amor caso decidíssemos ter um bebê.”, assegura.

Mãe de pet também é mãe?
Confira a conteúdo que produzimos por ocasião do Dia das Mães

Roberta Vencato, psicóloga, segue a mesma linha de pensamento. “A responsabilidade de zelar pelos cuidados e bem-estar do pet, serve como treino sim para a maternidade e/ou paternidade”. No entanto, enfatiza que é importante que seja senso comum entre o casal a adoção de um bicho.

A especialista afirma isso com base na própria experiência também. “Cassio e eu éramos namorados quando adotamos a Fiona, uma poodle. Quando casamos, ela veio morar conosco e, de certa forma, nos auxiliava a termos um compromisso com ela”, conta.

Conforme Roberta, quando a filha mais velha, Alícia, nasceu, a rotina com a cadela precisou ser readaptada, mas a presença do animal não dificultou nada, apenas exigiu mudanças no cotidiano. Hoje, a família é composta pelo Arthur, o caçula humano, e outros dois cachorros: o Panda, border collie, e o Medhiv, sem raça definida.