Cães tomam decisões a partir de expressões humanas

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) aponta que cães reconhecem as emoções dos seres humanos e utilizam delas para para tomar suas decisões. Exemplificando: costumam aproximar-se de pessoas alegres e se manter longe de quem apresenta expressão de raiva.

Uma habilidade que promove é benéfica para a segurança dos cachorros. Isso porque a tendência de se afastar de pessoas com raiva pode evitar situações de perigo para os animais, já se aproximar de seres humanos sorridentes está associado ao ganho de recompensas.

As conclusões são de Briseida Dôgo de Resende e Natalia Albuquerque, pesquisadoras do Instituto de Psicologia da USP. Elas produziram o artigo Dogs functionally respond to and use emotional information from human expression que foi publicado na revista Evolutionary Human Sciences.

Conforme Briseida Resende, o desenvolvimento da capacidade dos cachorros de entender as expressões humanas pode ser pensado em dois momentos: durante a evolução da espécie e ao longo da história individual de cada cão. 

“A seleção natural pode ter atuado no sentido de favorecer a sobrevivência de cães mais hábeis para aprender sobre as expressões das emoções dos humanos”, esclarece. Ela ainda destaca que é impossível precisar quando essa evolução aconteceu. De qualquer forma, o cão reconhece as emoções do tutor à medida que se aproxima dele, passando a se adaptar a elas, fortalecendo o vínculo entre ambos.

Além disso, os cães compreendem as consequências de cada expressão humana e respondem de acordo com cada uma delas. “Essas habilidades foram críticas para a aproximação das duas espécies, para o estabelecimento de laços e para a manutenção dos relacionamentos. Hoje em dia, dividimos nossas vidas com animais que são sintonizados a nós e que podem nos compreender”, afirma Natalia Albuquerque.

Segundo as professoras, há pesquisas que mostram que cavalos e gatos são capazes de reconhecer emoções por meio da expressão e do som. Assim, seria interessante investigar as respostas de cada espécie às emoções humanas.

Publicado no dia 6/3/2023 por Emilin Grings Silva

Referências:
Jornal da USP

Albuquerque, N., & Resende, B. (2023). Dogs functionally respond to and use emotional information from human expressions. Evolutionary Human Sciences, 5, E2. doi:10.1017/ehs.2022.57

Como saber se o pet está com calor?

Por Márcia Rambo | Médica Veterinária
Publicado em 11/1/2023

Assim como os humanos, cães e gatos também sentem calor em dias quentes. Enquanto regulamos a temperatura corporal através da transpiração, eles usam a respiração, pois não apresentam glândulas sudoríparas.

Nos dias muito quentes, é necessário proteger os pets do calor excessivo, por meio do fornecimento de água fresca, limpa, em quantidade abundante, ambiente arejado, fornecer espaço adequado com acesso a sombra. Sem problema algum deixá-los com ventilador ou ar condicionado.

É muito importante evitar passeios nos horários de maior incidência solar. Além de redobrar os cuidados com ectoparasitas, uma vez que, nos meses de verão ocorrem mais infestações de pulgas e carrapatos.

Jamais deixe os cães e gatos presos dentro de carros, pois o carro se transforma em uma “estufa”, podendo causar danos irreversíveis à saúde deles. Nem mesmo as janelas entreabertas são capazes de amenizar a situação.

Saiba mais | Intermação: o fenômeno que pode levar seu pet à morte

Cães e gatos apresentam temperatura basal semelhante. Entretanto, o gato, diferente do cachorro, não costuma ficar tão ofegante com o calor, dificultando a identificação de que o bichano está sofrendo com as altas temperaturas. Neles é mais visível observar perda de apetite, excesso de lambedura corporal, na tentativa de aliviar o desconforto causado pela temperatura elevada.

Como os cães e gatos apresentam a temperatura mais alta em relação a dos humanos, e não conseguem transpirar, eles são mais suscetíveis a hipertermia. Numa temperatura ambiente de 25°C, eles já demonstram desconforto. Então podemos sugerir que eles sentem mais calor do que nós.

Algumas raças, como o Bulldog Inglês, no caso dos cães, e o Persa, no caso dos gatos, são mais suscetíveis aos efeitos do calor. Pois eles apresentam o rosto achatado (braquicefálicos) apresentando dificuldade respiratória, ou seja, é mais difícil dispersar o calor.

Já os animais de raças oriundas de região de clima frio, como o Bernese, São Bernardo, Chow Chow, apresentam uma pelagem adaptada para funcionar como isolante térmico, composta por pêlos espessos e com dupla camada.

Basicamente, podemos amenizar os efeitos do calor excessivo nos pets, através de um adequado manejo ambiental e com cuidados de saúde apropriados.

Dicas para amenizar o calor dos pets

Importante manter os animais com acesso à sombra, em ambiente bem ventilado, fresco. Espalhar vários potes de água fresca e limpa, incluir cubos de gelo na água, oferecer “picolé” de sachê, escovar a pelagem dos cães e gatos para a remoção de pelos mortos também ajuda.

Além disso, existem colchonetes térmicos no mercado Pet que deixam a caminha “geladinha” para maior conforto dos nossos amigos.

Sempre cuidar dos horários dos passeios, para evitar aqueles de maior incidência solar, pois o asfalto e calçadas quentes podem causar queimaduras nas patinhas. E nunca esquecer de levar água para os animais beberem durante as caminhadas e brincadeiras ao ar livre.

Respeitar as características de cada espécie e raça, e principalmente manter a saúde dos cachorros e bichanos através de visitas regulares ao veterinário, prevenção de doenças com vacinação anual, feita sempre por Médico veterinário, uso de medicamentos específicos para endo e ectoparasitas.

Tratamento com células-tronco oferece melhor qualidade de vida para os pets

Publicado dia 9/1/2023 por Emilin Grings Silva

Zulu

Zulu tem 8 anos é um dos pacientes atendidos pela Espaço Animal que faz tratamento com células-tronco. O felino possui uma doença renal crônica.

O protocolo começou a ser aplicado no paciente no mês passado. Além dele, a paciente Nina – de 15 anos, e o paciente Tom, de 14, ambos caninos, também estão fazendo uso da técnica inovadora desenvolvida pelo laboratório Biocell que conta com uma Unidade Avançada no Núcleo de Nefrologia, Hemodiálise e Células-tronco, Nefrocell, com sede em Porto Alegre.

É o que relata a Médica Veterinária, Bruna Valle, responsável técnica da Nefrocell, que está aplicando a terapia regenerativa com células-tronco em nossa clínica. Conversamos com ela para tirar algumas dúvidas sobre o tratamento. Confira abaixo:

O que são células-tronco?
As células-tronco são capazes de se transformar em outros tipos celulares com especialidades e funções específicas quando estimuladas. São encontradas em todos os indivíduos, desde a fase embrionária até a fase adulta.

Existem diferentes tipos de células-tronco, dentre elas, células-tronco embrionárias, células-tronco mesenquimais, células-tronco hematopoiéticas, entre outras. Na Nefrocell, utilizamos as células-tronco mesenquimais.

Essas células estão presentes em diversos tecidos do corpo e podem auxiliar no reparo de lesões do tecido no qual estão localizadas, bem como realizar a substituição de células que morrem naturalmente nos tecidos.

De onde são extraídas as células-tronco?
De cães, gatos e equinos. (doadores saudáveis)

Elas servem para tratar quais doenças? É um tratamento promissor?
Sim, muito promissor. O tratamento visa a melhorar a qualidade de vida dos pets com doenças crônicas. As doenças que podem ser tratadas são Ceratoconjuntivite Seca, Dermatite Atópica, Discopatias, Doença Renal Crônica, Feridas, Fraturas. Hipoplasia de Medula Óssea, Osteoartrose, Sequela Neurológica da Cinomose, Tendinopatias e Úlcera de Córnea.

Em quanto tempo de tratamento aparecem os sinais de melhora?
Os sinais tendem a aparecer em média duas semanas após o transplante. Geralmente ocorre aumento de apetite e ganho de peso neste período.

Qual é a periodicidade do tratamento?
Geralmente são de 3 a 4 transplantes, com um intervalo de 21 a 30 dias entre um e outro. Posteriormente há manutenções de 6 a 12 meses. Cada paciente é avaliado individualmente e, de acordo com o diagnóstico de um Médico Veterinário qualificado, poderá ocorrer alterações no protocolo.

Esse tratamento cura doenças?
Não. O objetivo da terapia celular é melhorar a qualidade de vida do paciente com doença crônica e, consequentemente, diminuir os sintomas.

Quantos animais da Clínica Veterinária Espaço Animal você trata com células-tronco?
Temos dois pacientes em tratamento: Zulu, felino de 8 anos, que iniciou seu protocolo no dia 12/12/22; Tom, canino de 14 anos, que iniciou seu protocolo no dia 19/12/22

Utilizando como exemplo o caso do Zulu, que problema de saúde ele tem?
Zulu, foi diagnosticado com Doença Renal Crônica Estágio 4, em processo agudizado, e após a estabilização primária, foi introduzido o transplante de células-tronco.

De quanto tempo será o tratamento?
O protocolo de tratamento utilizado no paciente Zulu, de acordo com exames realizados previamente, será de 3 transplantes com o intervalo de 21-30 dias. Na sequência, observaremos se haverá necessidade de um transplante de reforço de 6 a 12 meses, quando necessário.

Bruna Valle: médica veterinária

Mitos e verdades sobre o gato preto e o Halloween

Comemorado no dia 31 de outubro, o Halloween, entre outros símbolos, sempre foi associado aos gatos pretos, já que esses bichanos são tradicionalmente ligados às bruxas. 

Mas qual será a origem dessa história? Que cuidados os tutores devem ter com seus felinos, principalmente, nesta época do ano? Quais são os mitos e verdades da relação entre os gatos pretos e o Dia das Bruxas?

É o que vamos buscar responder neste texto. Confira abaixo!

Origem da ligação entre os gatos pretos e o Halloween

Na Idade Média, os gatos pretos representavam mau agouro e azar. Nesse contexto, as pessoas relacionavam sua cor às trevas já que os bichanos têm hábitos noturnos. Inclusive a Igreja Católica perseguiu o animal nos tempos da Inquisição.

A associação com o Halloween ocorria porque, antigamente, mulheres mais velhas e sozinhas tinham o gato preto como companheiro. Isso, sem dúvida, mexia com o imaginário de muita gente que perseguia essas pessoas por serem possíveis simpatizantes à bruxaria.

Com o tempo, muitos desenhos animados e filmes incentivaram a ligação infundada que teve origem no tempo medieval. Histórias como essas também foram passadas de geração em geração. Por isso, o mito segue presente nos dias de hoje. Além disso, muitos gatos pretos ainda são cruelmente usados em rituais de magia atualmente.

Mitos e verdades

Gato preto dá azar: MITO! A crença é fruto da cultura da Idade Média em que pessoas de religiões pagãs e cuidadoras de gatos pretos eram perseguidas.

Gato preto é do demônio: MITO! Todos os animais têm a mesma origem, portanto os gatos pretos também merecem os mesmos cuidados e afeto que os demais. O que aconteceu foi que a superstição criou uma imagem negativa em cima desses bichinhos inocentes.

Gatos pretos são mais resistentes: VERDADE! Gatos pretos são mais resistentes a doenças do que gatos de outras cores. Além de possuírem genes mais resistentes, eles são tão dóceis e amáveis quanto todos os outros. Por isso, é tão importante reverter crenças equivocadas que tornam os gatos mais vulneráveis a abandonos e maus tratos.

Gatos pretos causam epidemias: MITO! Outra superstição que surgiu na Idade Média, apontou os gatos pretos como causadores de todos os males da época. A Peste Negra, por exemplo, foi uma epidemia que aconteceu entre os anos de 1347 a 1353, causada por uma bactéria proveniente dos ratos.

Gatos pretos precisam de mais cuidados: VERDADE! Em virtude do que trazemos neste texto, é necessário que os tutores de bichanos dessa pelagem adotem medidas de proteção mais contundentes para evitar maus tratos. No Halloween, por exemplo, há grupos envolvidos em ocultismo que utilizam a data para fazer rituais com gatos pretos. Diante disso, não somente nesta época do ano, mas sempre, é importante deixar os gatos pretos em lugares seguros. As casas e apartamentos devem ser telados para evitar que eles escapem e sejam vítimas de furto e de atropelamento.

Fonte: Petpillow

Hipotermia pode levar cães e gatos à morte

Recentemente publicamos um texto aqui no site sobre os cuidados que você deve tomar com o seu pet nos dias mais frios. Vamos seguir no mesmo tema, mas falando de hiportemia, condição que pode acometer cães e gatos durante o inverno e podendo até levá-los a óbito. Confira a sequência de perguntas que foram respondidas pela Médica Veterinária da Clínica Veterinária Espaço Animal, Rafaela Soppelsa:

1. O que é hipotermia?

A temperatura média do corpo dos pets varia de 37ºC a 39ºC. Abaixo disso, já é um estado hipotérmico. É preciso agir rápido para não reduzir mais.]

2. O que fazer?

Aquecer o animal, mantê-lo protegido de chuva, umidade e serração. Procurar atendimento clínico se não apresentar melhora.

3. Quais são os sintomas?

Tremores, corpo frio, extremidades frias, prostração, postura encolhida, atitude de busca em por um local quente.

4. A hipotermia pode levar à morte?

Sim.

5. Por quê?

A hipotermia reduz o fluxo sanguíneo. Assim o coração começa a bater mais devagar. O sangue sai das extremidades e se concentra nos órgãos vitais. A pressão baixa, o que desencadeia lesão nos órgãos alvo até que eles entrem em falência.

Plantão 24 horas

A Clínica Veterinária Espaço Animal oferece atendimento 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. Diante de dúvidas, contate (51) 3473 5650 ou (51) 99744 2355 (WhatsApp).

Obesidade animal: aprenda a prevenir, identificar e combater

Petiscos em excesso e falta de exercícios, que resulta em sedentarismo, estão entre as principais causas da obesidade animal. O problema, que infelizmente é bastante comum entre gatos e cachorros, pode se tornar um vilão perigoso se não tratado corretamente.

Conforme explica o médico veterinário Hermes Raupp, da Clínica Espaço Animal, a obesidade nos pets pode desencadear uma série de complicações: “problemas locomotores, elevação do perfil lipídico, sedentarismo, doenças endócrinas e dermatites por não conseguir se higienizar” são algumas delas.

Porém, para a prevenção, apenas passear diariamente não basta. É necessário também que se tenha uma alimentação diária correta. Especialmente no caso dos gatos, que, muitas vezes são mais caseiros que os cachorros, o dono precisa estar atento ao ambiente da casa. “Deve ser feita a gatificação do ambiente. No caso, um enriquecimento ambiental, colocando nichos, arranhadores e brinquedos”, explica.

O diagnóstico pode ser feito de maneiras diferentes. Embora alerte que o ideal seja uma avaliação do escore corporal com um médico veterinário, Hermes explica que há alguns procedimentos e observações que o próprio tutor pode fazer. Um deles é apalpar as costelas do animal: o correto é que haja apenas uma fina camada de gordura sobre elas. Outra possibilidade é observar a sua cintura, uma vez que aqueles que estão acima do peso não as possuem.

Identificada a obesidade, é hora do tutor agir. É necessário que, a partir do acompanhamento médico, defina-se uma dieta balanceada para os pets. Ainda, na consulta com o profissional, será possível investigar se a condição acima do peso não se deve a alguma doença.

Consumo de chocolate pode ser levar cães e gatos à morte

Estamos às vésperas da Páscoa, período em que os humanos costumam aumentar o consumo de chocolates. Apesar de ser uma delícia para o nosso paladar, o doce não é recomendado para os nossos cachorros e felinos. Se ingerido, pode causar muitas alterações no organismo, ocasionando problemas de saúde que podem ser leves ou até mais sérios.

O motivo é uma substância chamada teobromina, presente no chocolate. Os animais têm pouca capacidade de processá-la. Por isso, se torna tóxica ao organismo deles.

Exemplificando

A dosagem de teobromina que intoxicar um cão está entre 100 e 150 mg/kg. Chocolates ao leite normalmente têm 154 mg/100g da substância. No caso do meio-amargo, chega a 528 mg para as mesmas 100 gramas.

Isso porque quanto maior a concentração de cacau no produto, mais teobromina ele tem. Porém, as versões ao leite e branco também trazem riscos.

Crédito: Site Itupeva agora

Consequências do consumo

Ao comer chocolate, o pet pode ter taquicardia, aumento da pressão arterial e maior eliminação de urina. A micção em excesso resulta em desidratação. Além disso, o bicho pode apresentar agitação e tremores. A gravidade do quadro dependerá da quantidade de chocolate que o cachorro ou o gato consumiu, da sua idade e também do estado geral de sua saúde.

É muito raro que o quadro possa levar à morte, mas pode acontecer. Além disso, é a grande incidência de que ocorram distúrbios gastrointestinais principalmente em animais de pequeno porte e nos mais jovens, devido à quantidade ingerida em relação ao peso. Obesidade e diabetes também podem decorrer do consumo de chocolate.

Ingestão acidental deve ser tratada como emergência

Deixar o alimento em local de fácil acesso pode ser facilitar a sua ingestão. Ao notar que o fato ocorreu, o tutor deve levar seu cão ou gato imediatamente a uma emergência para que o médico veterinário faça uma avaliação clínica e preste os primeiros socorros.

Prevenção

É preciso dificultar o acesso dos pets a chocolates, especialmente neste período de páscoa em que ovos, bombons e outros produtos que contêm chocolate podem ficar mais expostos. Além disso, é muito importante que toda a família esteja empenhada em guardar este tipo de alimento assim que comer e, principalmente, não oferecê-lo aos bichos.

Plantão 24 horas

Em caso de ingestão de chocolate, a Clínica Espaço Animal dispõe de veterinários de plantão 24 horas por dia, inclusive neste feriadão de páscoa.

Fonte: Site do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul

Texto: Emilin Grings Silva

Uso de anticoncepcional aumenta o risco de piometra em gatas

Há pouco tempo, publicamos aqui em nosso site sobre a piometra em cadelas. As felinas têm menos predisposição para desenvolver a doença, mas podem ser acometidas e a infecção é tão grave quanto nas cachorras. Neste texto, vamos descobrir o porquê de terem menos riscos e também sobre como identificar sintomas, fazer o tratamento e a prevenção.

Tipos de piometra:

Conforme já explicamos no conteúdo sobre a piometra canina, essa doença é causada por alterações hormonais que têm como consequência uma infecção no útero. Assim como nas cachorras, ela pode ser aberta ou fechada:


Piometra aberta: é considerada aberta quando o colo do útero está aberto. Nesse caso, pode haver secreção de líquidos na vagina. Normalmente, é uma condição mais leve.

Piometra fechada: é quando o colo do útero está fechado. Quando ocorre, há um maior acúmulo de líquidos no interior do útero, levando a problemas mais sérios.


Causas

A fim de compreender o que causa a piometra felina, é necessário conhecer o ciclo reprodutivo delas. Ao longo do cio, o corpo da pet passa por diversas alterações para se preparar para uma possível gravidez.
Entre as alterações, está o aumento da progesterona, hormônio que prepara o útero para receber os filhotinhos. Entre as atividades promovidas pela substância estão:

  • Redução da resposta imunológica e diminuição de possíveis defesas para que não haja um ataque aos fetos;
  • Inibição dos movimentos de contração;
  • Fechamento do colo do útero;
  • Aumento de secreção de líquidos no interior do útero.

Porém, quando a fecundação não ocorre, a progesterona em excesso torna o útero um lugar perfeito para o surgimento de bactérias. A imunidade baixa, muito líquido e o fechamento do colo do útero possibilitam que as bactérias se espalhem pelo organismo de maneira mais fácil. Dessa forma, ocorre a piometra na gatas – quadro que é bastante raro nas bichanas, já que o cio felino é um pouco diferente.


Por que é raro?


O crescimento da produção de progesterona durante o cio da fêmea é comum em diferentes espécies. Entretanto, nas gatas, a ovulação só ocorre após o coito. É apenas depois da relação sexual que o útero se prepara para a gestação. Como a progesterona só vai aumentar com a cruza e a piometra só ocorre quando não há fecundação, é muito raro que a doença acometa a espécie, já que, depois do coito, elas logo engravidam.


Mas, médicos veterinários têm registrado um aumento dessa infecção em gatas nos últimos anos. Segundo pesquisas, isso se dá em decorrência do uso de anticoncepcionais. A medicação desregula os hormônios do organismo da gatinha para impedir a gestação mesmo que ocorram relações sexuais.
Com a desregulagem, ela pode ter aumento de progesterona em seu corpo e, consequentemente, desenvolver as condições propícias para infecção. Assim, estudos mostram que o principal motivo para a piometra em felinas é a utilização de anticoncepcionais.


Principais sintomas


Descobrir que a gata está com piometra é desafio, pois os felinos, tanto machos quanto fêmeas, são muito independentes e evitam mostrar que estão sentindo dores ou incômodos. Além disso, como a enfermidade é relativamente rara, pode ser confundida com outras doenças. Os sintomas da piometra irão depender da característica da doença, ou seja, se é aberta ou fechada:


Aberta
• Secreção vaginal de coloração amarela, avermelhada ou marrom, com cheiro forte e desagradável;
• Apatia;
• Febre;
• Vômitos,
• Diarreia.


Fechada
• Apatia;
• Falta de apetite;
• Febre;
• Vômitos,
• Diarreia.

Sem a secreção em caso de piometra fechada, sua identificação é mais complexa. Por isso, é importante buscar ajuda de um veterinário ao notar qualquer um dos sinais clínicos citados acima. Ambos os quadros são graves e precisam de um atendimento veterinário da forma mais ágil possível.


Diagnóstico e tratamento


Além de analisar sinais clínicos e o histórico da pet, exames podem ser requeridos. Entre eles, ultrassom e de sangue.


O tratamento não é feito com remédio na piometra felina. O processo mais rápido e recomendado é a remoção do útero da gata. Assim, há prevenção também de outras infecções.

Prevenção

A castração é melhor maneira de prevenir a piometra e outras doenças. Para além de impedir uma gestação indesejada, a remoção do útero evita os temidos e perigosos tumores.

Pacote promocional em nossa clínica

Temos um pacote promocional que inclui vacinação e castração. (Clique aqui para conhecer.) Como foi mencionado acima, muitas vezes é difícil identificar a piometra. Portanto, não deixe de recorrer à medicina veterinária periodicamente. Para agendar consultas na Clínica Espaço Animal, basta entrar em contato pelos telefones (51) 3473 5650 ou (51) 997442355 (WhatsApp).

Piometra: a infecção uterina mais comum em cadelas que já atingiram a maturidade sexual

A palavra pode soar estranha para você: piometra. De origem grega, “pyon” significa pus e “metra” útero. Ou seja, infecção no útero. Embora possa ser pouco conhecida, a enfermidade atinge muitas cadelas a partir dos 10 meses de idade. Porém, as que têm mais de 5 anos são mais predispostas. Essa doença se desenvolve nas semanas seguintes ao cio em que a concentração de progesterona é mais elevada.

Neste período, o útero fica mais exposto e suscetível à contaminação por bactérias. Ao terem acesso ao útero, essas bactérias se alojam no endométrio em que, graças ao estímulo hormonal, encontram ambiente ideal para sua proliferação, desencadeando o processo infeccioso.

Há dois tipos de piometra: a aberta e a fechada. A aberta é mais leve e é caracterizada desta forma quando o colo do útero está aberto. Nesse caso, poderá haver secreção de líquidos. Se o colo do útero está fechado, há maior acúmulo de líquidos no interior do órgão ocasionando problemas mais graves.

Sintomas

Quando a piometra é aberta é mais fácil de identificar em decorrência da secreção vaginal. Na fechada, isso não acontece por isso é necessário ficar atento a sinais como:

  • Falta de apetite;
  • Fraqueza;
  • Dor e aumento de volume abdominal;
  • Presença de secreção vaginal (no caso da piometra aberta);
  • Febre;
  • Aumento no consumo de água,
  • Excesso de urina

Os sintomas pioram de acordo com o avanço da doença, podendo levar a cadela até mesmo a perder a consciência.

Tratamento

Por se tratar de uma infecção séria, ao suspeitar da doença, leve sua pet imediatamente ao veterinário. Provavelmente, ele realizará um ultrassom no abdômen para descartar ou confirmar o diagnóstico. Além disso, fará exames de sangue que irão indicar o quanto a infecção afetou o organismo.

A forma mais segura de tratar a piometra é por meio de intervenção cirúrgica removendo o útero e os ovários. Conforme o estado do animal, há hipótese de realizar terapia de apoio como fluidoterapia e prescrição de antibióticos e analgésicos. O pós-operatório merece atenção especial do tutor já que é necessário o uso correto da medicação, roupa e colar cirúrgico, além comparecer às consultas solicitadas pelo veterinário para que seja realizada a reavaliação da paciente.

Prevenção

A castração é a melhor maneira de prevenir a doença. Com a remoção do útero, é impossível desenvolver a doença. O procedimento diminui também o risco de diversos outros problemas ligados aos hormônios sexuais. A Clínica Espaço Animal possui um pacote promocional que inclui vacinação e castração. Clique aqui para conhecer.

Se sua cadela não é castrada, consulte o veterinário regularmente um veterinário principalmente após o período do cio para avaliar possíveis contaminações. Porém, sempre é importante lembrar que visitas periódicas a clínicas veterinárias são muito importantes para prevenir qualquer tipo de doença. Para agendar consultas na Espaço Animal, basta entrar em contato pelos telefones (51) 3473 5650 ou (51) 997442355 (WhatsApp).

Piometra em gatas

A doença é menos comum nas bichana e elas apresentam sintomas diferentes das cadelas. Faremos um post específico para abordar esse assunto e explicar porque as gatas são menos suscetíveis à piometra. Siga acompanhando nosso site e nossas redes sociais.

Doenças renais afetam 60% dos pets idosos

Estamos em março, mês que alerta para o cuidado com doenças renais em pets. É o março amarelo. Essas doenças são comuns em todas as faixas etárias. Porém, os idosos são mais suscetíveis a desenvolverem problema nos rins.

Quando completam 7 anos de idade, cães e gatos são considerados idosos. Nesta fase da vida do animal, é comum aparecerem diversas enfermidades, entre elas as doenças renais que acometem, em graus diversos, até 60% da população felina e canina. Ao se tornarem crônicos, os problemas nefrológicos não têm cura. Por isso, o diagnóstico precoce é o melhor caminho para que a qualidade de vida seja mantida.

Conheça as doenças renais caninas e felinas

Os problemas renais impedem que os rins realizem as funcionalidades fisiológicas esperadas como: evitar a perda excessiva de água, manter o equilíbrio eletrolítico, excretar compostos nitrogenados que resultam do metabolismo. Assim, o cão ou o gato tendem a apresentar sinais que vão da desidratação ao acúmulo de água. Além disso, no sangue haverá mais ureia e creatinina, substâncias que deveriam ter sido eliminadas na urina. Também há o câncer renal que pode afetar cães e gatos.

Saiba mais sobre o câncer nos rins em pets

Infecções, inflamações, presença de parasitas, traumas, intoxicações, doenças autoimunes, congênitas ou hereditárias, entre outras, são consideradas causas para as doenças renais. Há casos em que a perda da função é temporária e a doença renal é classificada como aguda. Exemplo, disfunção nefrológica motivada pela leptospirose. Ao ser diagnosticada e tratada precocemente, a chance de cura é maior. No entanto, dependendo do tempo e extensão da lesão renal aguda, pode haver maior comprometimento do órgão de maneira permanente, o que ocasiona uma enfermidade crônica.

Sinais clínicos:

Você pode suspeitar que seu pet está com algum problema no rim quando ele apresentar os seguintes sintomas:

  • Aumento da ingestão de água;
  • Alteração no volume diário de urina (para mais ou para menos);
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Diminuição do apetite e posterior emagrecimento;
  • Hálito forte;
  • Cansaço e fraqueza.

Esses sintomas, porém, podem aparecer também em outras doenças. Por isso, a consulta com um veterinário para exames de check-ups pelo menos duas vezes ao ano facilita o diagnóstico. Enfermidades renais sem tratamento, podem desencadear problemas cardíacos, no sistema digestivo, neurológico, hematopoiético (redução da produção de células vermelhas do sangue), além de alterações esqueléticas.

Raças mais afetadas pelas doenças renais

Todos os cães e gatos correm risco de apresentar doenças renais, mas algumas raças têm mais chances de ter o problema:

Em cães:

  • Beagle
  • Bull Terrier
  • Chow Chow
  • Cocker
  • Dachshund
  • Lhasa Apso
  • Maltês
  • Pastor Alemão
  • Pinscher
  • Poodle
  • Shar Pei
  • Shih Tzu
  • Schnauzer

Em gatos:

  • Abissínio
  • Azul Russo
  • Maine Coon
  • Persa
  • Siamês

Diagnóstico e tratamento

Coleta de exames de sangue, de urina e até exames de imagem são as principais maneiras de saber ou não se o pet está com uma doença renal. Quando crônica, não é possível a cura, todavia, é possível desacelerar a progressão com aplicação de soro, controle dos níveis de cálcio, fósforo, sódio, potássio, além de medicamentos e de dieta específica.

Prevenir sempre é a melhor opção

Da mesma forma que ocorre com os humanos, hábitos saudáveis são a principal maneira para a prevenção de grande parte das doenças que são comuns em cães e gatos. É esperado que animais idosos apresentem diminuição das funções renais, mas se o bicho se manter saudável durante toda a vida, é possível que isso ocorra de maneira mais lenta.

Veja o que pode ser feito:

  • Deixe sempre água limpa e fresca à disposição do animal;
  • Incentive exercícios físicos e brinque com ele sempre que possível;
  • Faça o controle de pulgas e carrapatos;
  • Mantenha a carteira de vacinação do pet em dia;
  • Ofereça dieta rica e balanceada, com rações super premium específicas para a idade e o porte do animal;
  • Leve-o a visitas regulares ao veterinário;

Dica para tutores de felinos:

Na natureza, os gatos se alimentam de caça, um alimento naturalmente mais úmido. Já em casa, a administração de rações secas aliada a uma baixa ingestão hídrica, típica dos felinos, acaba sobrecarregando ainda mais os rins. Por isso, alternativas como fontes de água podem ajudar gatos tomarem mais água.

Nefrologista na Clínica Espaço Animal

A Clínica Veterinária Espaço Animal conta com uma especialista em nefrologia entre seus profissionais. É a médica veterinária Bruna Valle. Para agendar consultas, basta entrar em contato pelos telefones (51) 3473 5650, (51) 997442355 (WhatsApp).

Fonte: Petz