No dia 26 de agosto, comemora-se o Dia Mundial do Cão. Para celebrar a data, a Médica Veterinária da Espaço Animal, Márcia Rambo, preparou um conteúdo sobre como aumentar a expectativa de vida do seu cachorro, para você comemorar essa data por muitos e muitos anos. Confira abaixo!
“A partir dos 7 anos de vida, o cão já é considerado idoso. Nesta fase, já começa uma série de cuidados. O ideal é fazer checkups anuais com, pelo menos, exames de sangue, uma ecografia do abdômen e um eletrocardiograma.
Sabemos que na prática, às vezes isso nem sempre é possível. Então, em contrapartida, a gente deve manter uma alimentação bem balanceada para eles, com ração de excelente qualidade, manter a atividade física, apesar de que eles começam a se movimentar menos quando chegam na fase idosa e, principalmente, entender as necessidades do cão idoso.
Hoje em dia, com o advento de novas tecnologias, da ciência, a gente consegue aumentar a expectativa de vida dos cães. Porém, a gente nota a ocorrência de bem mais doenças que antigamente não se via ou não se tinha diagnóstico. Por isso, sempre é importante a prevenção na saúde.
Ao pegar o filhote, o tutor já deve saber que ele vai ter uma expectativa de vida de 10 a 15 anos e sempre zelar, repito, pela prevenção da saúde, com alimentação balanceada, exercícios e, quando chegar na fase idosa, a pessoa vai ter um animal com uma saúde melhor.”
Escrito por Márcia Rambo, Médica Veterinária da Espaço Animal
Publicado por Emilin Grings Silva no dia 24/8/2023.
Adotar ou comprar um pet é uma responsabilidade e tanto. Cães e gatos precisam e merecem diversos cuidados que garantem a sua saúde e bem-estar. Conversamos com os Médicos Veterinários, Hermes Raupp e Márcia Rambo que indicam abaixo quais os questionamentos você deve se fazer antes de ter um mascote. Confira!
Antes de ter um cão, pergunte-se:
Para qual finalidade você quer esse pet? Guarda, companhia…?
Você tem espaço para abrigar o cachorro? Será criado em casa ou em apartamento?
Se for um animal de pelo longo, é necessário escová-lo ao menos duas vezes na semana e dar banho frequentemente. Você está disposto a isso?
Você vai ter tempo para dedicar a esse bichinho, principalmente para ensinar as regras de boa convivência?
Se optar por animais de grande porte, diante de qualquer problema de saúde, qualquer procedimento tem um custo maior. Você está disposto a custear tratamentos mais caros?
Antes de ter um gato, reflita:
A primeira coisa a se perguntar, é porque quero adotar um gato?
Depois, analisar se tens tempo para cuidar de um bichinho.
Importante pensar nos custos que terás com o gatinho, pensar a curto, médio e longo prazo. Algumas pessoas acham que ter um gato é mais fácil e demanda menos tempo do que ter um cão. Porém, apesar de ser mais independente em relação ao cachorro, o gato também precisa de atenção do tutor.
Antes de qualquer coisa, ao adotar ou adquirir um gato ele deve ser testado para FIV e FELV, que são doenças exclusivas deles e que, infelizmente, são fatais.
Lembrar que terá custo com primovacinação e vacinação anual até o fim da vida do bichano, além de vermifugações, prevenção de pulgas, ração de boa qualidade e adequada para cada fase da vida.
Pensar também em castração, no período do cio, eles são bastante barulhentos.
Se morar em apartamento, as janelas e sacadas devem ser teladas. Se for em casa, o ideal, também seria um lar telado, para que o gato não tenha acesso à rua e que gatos errantes não invadam o espaço.
É necessário manter a caixa de areia limpa, se tiver mais de um gatinho é preciso mais de uma caixa de areia, assim como os potes de água e ração. Alguns gatos gostam de água corrente, como fontes de água, ou direto de uma torneira.
Tirar um tempo diário para brincar com o bichano, eles são muito brincalhões e cheios de energia, principalmente à noite.
Quando for um gato de pelagem longa é necessário escovação e, eventualmente, tosas com profissionais especializados.
De reduzir estresse até detectar câncer, animais podem ser muito benéficos à saúde, segundo pesquisas. Confira a lista abaixo:
1. Bons companheiros
Eles são graciosos e bons companheiros, mas não apenas isso. Animais de estimação fazem bem à saúde. Prova disso é que, recentemente, o hospital Albert Einstein, em São Paulo, liberou visitas de bichos a pacientes internados, inclusive em unidades semi-intensivas. O motivo da permissão é a humanização do tratamento e a interferência positiva que eles exercem na cura. Várias pesquisas já demonstraram o poder que esses “amigos” têm para melhorar a qualidade de vida.
2. Animal de estimação reduz o estresse
Um estudo feito pela Universidade Estadual de Nova York, nos Estados Unidos, mostrou que os bichos de estimação são ótimas companhias para combater o estresse. O experimento testava os níveis de tensão de pessoas em quatro situações: sozinhas, com seu parceiro, com seu animal e com seu parceiro e o animal. Eles descobriram, então, que a ocasião de maior tranquilidade foi apenas com o pet.
3. Pet diminui a depressão
A tristeza também vai embora com mais facilidade para as pessoas que têm animais. Diversas pesquisas já mostraram que essa convivência reduz a sensação de solidão, a ansiedade e a depressão. Isso porque, quando o humano passa parte do dia com um bicho, ele passa a produzir mais hormônios como a ocitocina, a prolactina e a serotonina, que melhoram o humor.
4. Bicho faz cair o risco de alergias em crianças
Muitas famílias podem escolher não ter um animal em casa para evitar que os filhos desenvolvam alergias. Mas estudos feitos por um pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison mostraram que as chances de uma criança ter esse tipo de problema são 33% menores com um bicho de estimação. Isso porque, com a convivência, os pequenos desenvolvem um sistema imunológico mais forte. Esse efeito, no entanto, não acontece entre adultos que já sofrem de alergias.
5. Animal em casa faz bem para o coração
Além do amor, os cães, gatos e outros pets ajudam de outra forma o coração dos donos. Segundo pesquisas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, criar um bicho em casa ajuda a reduzir a pressão sanguínea, o colesterol e o nível de triglicérides. Consequentemente, servem de prevenção contra ataques do coração e outras doenças cardiovasculares.
6. Cachorros ajudam a detectar câncer
Cães podem ser úteis aos donos e médicos na detecção de câncer em diversas regiões do corpo, como pele, bexiga, pulão, mama, ovário e colo. O diagnóstico é feito ao farejarem o local doente e é possível que os cachorros sejam até treinados para fazer esse tipo de descoberta. De acordo com especialistas, a precisão deles pode variar nas faixas de 80% e 90%.
7. Cães podem detectar hipoglicemia
Segundo um estudo conduzido pela Universidade Belfast do Queens, na Irlanda, e pela Universidade de Lincoln, na Inglaterra, diabéticos ou outras pessoas que têm bruscas quedas de níveis de açúcar no sangue podem treinar seus cães para ajudar a evitar crises de hipoglicemia. A pesquisa indica que cachorros seriam capazes de detectar uma redução do índice glicêmico, ao perceber sinais diferentes de comportamento, que o dono pode não perceber, e ao sentir a liberação de feromônios por meio do suor. Ainda não há uma conclusão fechada sobre o tema, mas um método a mais para prevenir o problema seria bem-vindo.
8. Cachorros ajudam no emagrecimento
Passear com o cachorro é bom para ele e para o dono, de acordo com levantamento do Instituto Wellness, no Hospital Northwest Memorial. As caminhadas com o pet são boas para manter e perder peso, e, segundo outro estudo do Instituto Nacional de Saúde (NHI), dos Estados Unidos, os responsáveis pela saída diária são menos propensos à obesidade, se comparados com quem não possui animal de estimação.
9. Gatos reduzem risco de AVC
Um estudo da Universidade de Minnesota afirma que gatos podem ser benéficos para prevenir acidente vascular cerebral, infarto e outras doenças cardiovasculares. O trabalho foi feito por 20 anos com quase 4.500 pessoas e percebeu-se que aqueles que não criaram os bichanos tiveram risco 40% maior de morrer de ataque do coração e 30% maior de perder a vida por uma doença cardiovascular, em relação aos donos de gatos. Esse resultado foi percebido apenas entre pessoas que tinham essa espécie, não incluindo os donos de cães. Apesar de não explicar a causa, os cientistas acreditam que esse poder está no fato de os gatos ajudarem a relaxar e reduzir a ansiedade de seus criadores.
Reconhecer as raças de gato nem sempre é uma tarefa tão comum, e também nem tão fácil quanto as dos cães. Isso porque na grande maioria das vezes, um gatinho é separado de outro por meio de detalhes, como seu tamanho, peso ou mesmo cores e tipos de impressões, por exemplo, os gatos listrados.
Confira abaixo o ranking das raças de gatos mais comuns no mundo:
British Shorthair
British Shorthair é uma das raças de gato mais conhecidas do mundo, e é uma fofura. Nos pelos em tons de cinza e com olhos amarelos, o British Shorthair também é um dos mais queridinhos de todo o mundo.
Principais características Origem: Reino Unido. Altura: Entre 15 e 30 centímetros. Pelagem: Pelos volumosos de tamanho médio. Expectativa de vida: Entre 10 e 15 anos.
Curiosidades – Alguns casos mais raros da raça British Shorthair podem possuir uma pelagem com tons de branco ou mesmo em uma mescla de tons de cinza e branco; – Costumam ter bochechas bem proeminentes e marcadas.
Gato Siamês
Gatos Siameses são companheiros com características marcantes, como os seus olhos incrivelmente azuis Os siameses são os gatos mais facilmente reconhecíveis.
No entanto, é importante ressaltar que existem muitos gatos que possuem cores bem parecidas com a da raça, mas não são necessariamente verdadeiros siameses.
Possuem um porte esbelto e atlético, com a carinha sendo bem fina.
Principais características Origem: Tailândia e China. Altura: Entre 15 e 20 centímetros. Pelagem: Pelos curtos. Expectativa de vida: Entre 15 e 20 anos.
Curiosidades – É uma raça bastante rara e não são facilmente encontrados no Brasil. No entanto, é possível achar facilmente gatos com o mesmo padrão de cores, mesmo em abrigos e instituições que resgatam gatos.
Maine Coon
Maine Coon é uma raça que demonstra elegância por onde passa. Os Maine Coon são gatos conhecidos por serem gigantes. Eles costumam ter um tamanho muito acima da média e podem ter diferentes padrões de cores, sendo muito procurados por pessoas que gostam de gatos compridos.
Principais características Origem: Estados Unidos. Altura: Entre 34 e 44 centímetros de comprimento. Pelagem: Pelos longos e volumosos. Expectativa de vida: Entre 9 e 15 anos.
Curiosidades – São originários do estado americano do Maine; – São gatos que adoram água; – Boa parte dos problemas de saúde do Maine Coon está relacionada ao seu tamanho.
Gato persa
Os gatos persas além de fofos, são muito famosos nas telinhas. Os persas são gatos com pelos longos, volumosos e fofinhos, sendo muito reconhecidos, também, por terem o nariz levemente amassado na ponta, dando a impressão de terem achatado essa parte do corpo. Por conta disso, eles podem ter alguns problemas respiratórios.
Principais características Origem: Região da Pérsia; Altura: Possuem entre 20 e 25 centímetros; Pelagem: Pelos longos e finos, com muito volume; Expectativa de vida: Cerca de 14 anos, se forem criados dentro de casa.
Curiosidades – Um dos gatos mais famosos do quadrinhos e do cinema, o Garfield; E também, Snowball, o gatinho branco do lar da família Little.
Himalaio
O gato Himalaio é também conhecido pelos olhos azuis, mas com pelugem mais volumosa. O Himalaio faz parte de uma raça de gatos muito parecida com o Siamês, só que a diferença é que esse possui pelos mais longos e volumosos.
Principais características Origem: Estados Unidos. Altura: Entre 15 e 20 centímetros. Pelagem: Pelos longos e volumosos. Expectativa de vida: Entre 9 e 15 anos.
Curiosidades – São resultado do cruzamento de um gato persa com um gato siamês; – No filme “Entrando Numa Fria”, o gato Mr. Jinx, que atormenta a vida do personagem de Ben Stiller, era um gato da raça himalaio.
Burmese
Os Burmeses contam com uma aparência mais comum e adoram atividades físicas. Possuem uma aparência bem característica, musculosa e atlética, com um focinho bem proeminente.
Principais características Origem: Tailândia. Altura: Entre 15 e 30 centímetros. Pelagem: Pelos médios e pouco volumosos. Expectativa de vida: Entre 9 e 13 anos.
Curiosidades – O primeiro gato Burmês foi levado da Birmânia (atual Myanmar) para os Estados Unidos por um médico americano. Apesar de acharem que o gato, chamado Wong Mau, era apenas uma versão com tonalidade mais escura de um gato siamês, o médico conseguiu provar que era um gato de uma raça nova e separada dos siameses.
Angorá
Os gatos angorá são gatos que se destacam por sua beleza. Eles têm pelos lisos, e um pouco mais compridos em pontos como o pescoço, o ventre e a cauda.
Eles são tradicionalmente brancos, mas também podem ter outras cores, no entanto são mais raros.
Principais características Origem: Turquia. Altura: Entre 15 e 30 centímetros. Pelagem: Longo e fino. Expectativa de vida: Podem viver até 14 anos.
Curiosidades – Como são costumeiramente brancos, gatos angorás que possuem olhos azuis podem ser surdos ou ter uma maior tendência a surdez devido à genética; – Inicialmente, foram criados dentro de um zoológico, na Turquia, o que contribuiu para preservar a raça ao longo dos séculos; – O gato da Magali, dos quadrinhos da Turma da Mônica, é um gato angorá.
Sphynx
Os Sphynx são gatinhos valiosos e peladinhos. Os Sphynx são uma raça de gatos que surgiu no Canadá, em 1966. Naquele ano, devido a uma mutação genética, uma gata deu a luz a uma ninhada de gatos sem nenhum pelo, dando origem a essa nova raça.
Os Sphynx são muito fofos, porque é possível ver todas as dobrinhas de seu corpo devido a pouca quantidade de pelos.
Principais características Origem: Canadá. Altura: Entre 15 e 30 centímetros de altura. Pelagem: Os Sphynx não possuem pelos e são uma raça de gatos notória por ser “careca”. Expectativa de vida: Em média, 14 anos.
Curiosidades – Apesar de serem conhecidos até como gatos pelados, os sphynx possuem pelo muito curtinhos e muito finos, que não são visíveis; – Os sphynx também podem causar alergias a pessoas com alergia a gatos, mesmo não tendo pelos; Precisam tomar banho com relativa frequência, já que podem se sujar com maior facilidade;
Ragdoll
Os gatos da raça Ragdoll são gatos de olhar marcante e também considerado como uma das raças de gato mais comuns. Com rosto tricolor, em tons de branco, cinza e marrom, os gatos da raça Ragdoll são muito bonitos.
Principais características Origem: Estados Unidos. Altura: Entre 40 e 50 centímetros de altura. Pelagem: Possuem pelos longos e volumosos. Expectativa de vida: Entre 12 e 18 anos de vida, mas podem viver até 20 anos.
Curiosidades – São muito tranquilos com toques de humanos e, se colocados em uma determinada posição, podem relaxar e ficar nela por longos períodos de tempo, fazendo jus ao nome “ragdoll”, boneca de pano, em português.
Gatos são ótimos companheiros e suas personalidades variam muito de acordo com a sua raça, por isso, é tão importante conhecer mais sobre eles.
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) aponta que cães reconhecem as emoções dos seres humanos e utilizam delas para para tomar suas decisões. Exemplificando: costumam aproximar-se de pessoas alegres e se manter longe de quem apresenta expressão de raiva.
Uma habilidade que promove é benéfica para a segurança dos cachorros. Isso porque a tendência de se afastar de pessoas com raiva pode evitar situações de perigo para os animais, já se aproximar de seres humanos sorridentes está associado ao ganho de recompensas.
Conforme Briseida Resende, o desenvolvimento da capacidade dos cachorros de entender as expressões humanas pode ser pensado em dois momentos: durante a evolução da espécie e ao longo da história individual de cada cão.
“A seleção natural pode ter atuado no sentido de favorecer a sobrevivência de cães mais hábeis para aprender sobre as expressões das emoções dos humanos”, esclarece. Ela ainda destaca que é impossível precisar quando essa evolução aconteceu. De qualquer forma, o cão reconhece as emoções do tutor à medida que se aproxima dele, passando a se adaptar a elas, fortalecendo o vínculo entre ambos.
Além disso, os cães compreendem as consequências de cada expressão humana e respondem de acordo com cada uma delas. “Essas habilidades foram críticas para a aproximação das duas espécies, para o estabelecimento de laços e para a manutenção dos relacionamentos. Hoje em dia, dividimos nossas vidas com animais que são sintonizados a nós e que podem nos compreender”, afirma Natalia Albuquerque.
Segundo as professoras, há pesquisas que mostram que cavalos e gatos são capazes de reconhecer emoções por meio da expressão e do som. Assim, seria interessante investigar as respostas de cada espécie às emoções humanas.
Albuquerque, N., & Resende, B. (2023). Dogs functionally respond to and use emotional information from human expressions. Evolutionary Human Sciences,5, E2. doi:10.1017/ehs.2022.57
Por Márcia Rambo | Médica Veterinária Publicado em 11/1/2023
Assim como os humanos, cães e gatos também sentem calor em dias quentes. Enquanto regulamos a temperatura corporal através da transpiração, eles usam a respiração, pois não apresentam glândulas sudoríparas.
Nos dias muito quentes, é necessário proteger os pets do calor excessivo, por meio do fornecimento de água fresca, limpa, em quantidade abundante, ambiente arejado, fornecer espaço adequado com acesso a sombra. Sem problema algum deixá-los com ventilador ou ar condicionado.
É muito importante evitar passeios nos horários de maior incidência solar. Além de redobrar os cuidados com ectoparasitas, uma vez que, nos meses de verão ocorrem mais infestações de pulgas e carrapatos.
Jamais deixe os cães e gatos presos dentro de carros, pois o carro se transforma em uma “estufa”, podendo causar danos irreversíveis à saúde deles. Nem mesmo as janelas entreabertas são capazes de amenizar a situação.
Cães e gatos apresentam temperatura basal semelhante. Entretanto, o gato, diferente do cachorro, não costuma ficar tão ofegante com o calor, dificultando a identificação de que o bichano está sofrendo com as altas temperaturas. Neles é mais visível observar perda de apetite, excesso de lambedura corporal, na tentativa de aliviar o desconforto causado pela temperatura elevada.
Como os cães e gatos apresentam a temperatura mais alta em relação a dos humanos, e não conseguem transpirar, eles são mais suscetíveis a hipertermia. Numa temperatura ambiente de 25°C, eles já demonstram desconforto. Então podemos sugerir que eles sentem mais calor do que nós.
Algumas raças, como o Bulldog Inglês, no caso dos cães, e o Persa, no caso dos gatos, são mais suscetíveis aos efeitos do calor. Pois eles apresentam o rosto achatado (braquicefálicos) apresentando dificuldade respiratória, ou seja, é mais difícil dispersar o calor.
Já os animais de raças oriundas de região de clima frio, como o Bernese, São Bernardo, Chow Chow, apresentam uma pelagem adaptada para funcionar como isolante térmico, composta por pêlos espessos e com dupla camada.
Basicamente, podemos amenizar os efeitos do calor excessivo nos pets, através de um adequado manejo ambiental e com cuidados de saúde apropriados.
Dicas para amenizar o calor dos pets
Importante manter os animais com acesso à sombra, em ambiente bem ventilado, fresco. Espalhar vários potes de água fresca e limpa, incluir cubos de gelo na água, oferecer “picolé” de sachê, escovar a pelagem dos cães e gatos para a remoção de pelos mortos também ajuda.
Além disso, existem colchonetes térmicos no mercado Pet que deixam a caminha “geladinha” para maior conforto dos nossos amigos.
Sempre cuidar dos horários dos passeios, para evitar aqueles de maior incidência solar, pois o asfalto e calçadas quentes podem causar queimaduras nas patinhas. E nunca esquecer de levar água para os animais beberem durante as caminhadas e brincadeiras ao ar livre.
Respeitar as características de cada espécie e raça, e principalmente manter a saúde dos cachorros e bichanos através de visitas regulares ao veterinário, prevenção de doenças com vacinação anual, feita sempre por Médico veterinário, uso de medicamentos específicos para endo e ectoparasitas.
Zulu tem 8 anos é um dos pacientes atendidos pela Espaço Animal que faz tratamento com células-tronco. O felino possui uma doença renal crônica.
O protocolo começou a ser aplicado no paciente no mês passado. Além dele, a paciente Nina – de 15 anos, e o paciente Tom, de 14, ambos caninos, também estão fazendo uso da técnica inovadora desenvolvida pelo laboratório Biocell que conta com uma Unidade Avançada no Núcleo de Nefrologia, Hemodiálise e Células-tronco, Nefrocell, com sede em Porto Alegre.
É o que relata a Médica Veterinária, Bruna Valle, responsável técnica da Nefrocell, que está aplicando a terapia regenerativa com células-tronco em nossa clínica. Conversamos com ela para tirar algumas dúvidas sobre o tratamento. Confira abaixo:
O que são células-tronco? As células-tronco são capazes de se transformar em outros tipos celulares com especialidades e funções específicas quando estimuladas. São encontradas em todos os indivíduos, desde a fase embrionária até a fase adulta.
Existem diferentes tipos de células-tronco, dentre elas, células-tronco embrionárias, células-tronco mesenquimais, células-tronco hematopoiéticas, entre outras. Na Nefrocell, utilizamos as células-tronco mesenquimais.
Essas células estão presentes em diversos tecidos do corpo e podem auxiliar no reparo de lesões do tecido no qual estão localizadas, bem como realizar a substituição de células que morrem naturalmente nos tecidos.
De onde são extraídas as células-tronco? De cães, gatos e equinos. (doadores saudáveis)
Elas servem para tratar quais doenças? É um tratamento promissor? Sim, muito promissor. O tratamento visa a melhorar a qualidade de vida dos pets com doenças crônicas. As doenças que podem ser tratadas são Ceratoconjuntivite Seca, Dermatite Atópica, Discopatias, Doença Renal Crônica, Feridas, Fraturas. Hipoplasia de Medula Óssea, Osteoartrose, Sequela Neurológica da Cinomose, Tendinopatias e Úlcera de Córnea.
Em quanto tempo de tratamento aparecem os sinais de melhora? Os sinais tendem a aparecer em média duas semanas após o transplante. Geralmente ocorre aumento de apetite e ganho de peso neste período.
Qual é a periodicidade do tratamento? Geralmente são de 3 a 4 transplantes, com um intervalo de 21 a 30 dias entre um e outro. Posteriormente há manutenções de 6 a 12 meses. Cada paciente é avaliado individualmente e, de acordo com o diagnóstico de um Médico Veterinário qualificado, poderá ocorrer alterações no protocolo.
Esse tratamento cura doenças? Não. O objetivo da terapia celular é melhorar a qualidade de vida do paciente com doença crônica e, consequentemente, diminuir os sintomas.
Quantos animais da Clínica Veterinária Espaço Animal você trata com células-tronco? Temos dois pacientes em tratamento: Zulu, felino de 8 anos, que iniciou seu protocolo no dia 12/12/22; Tom, canino de 14 anos, que iniciou seu protocolo no dia 19/12/22
Utilizando como exemplo o caso do Zulu, que problema de saúde ele tem? Zulu, foi diagnosticado com Doença Renal Crônica Estágio 4, em processo agudizado, e após a estabilização primária, foi introduzido o transplante de células-tronco.
De quanto tempo será o tratamento? O protocolo de tratamento utilizado no paciente Zulu, de acordo com exames realizados previamente, será de 3 transplantes com o intervalo de 21-30 dias. Na sequência, observaremos se haverá necessidade de um transplante de reforço de 6 a 12 meses, quando necessário.
Comemorado no dia 31 de outubro, o Halloween, entre outros símbolos, sempre foi associado aos gatos pretos, já que esses bichanos são tradicionalmente ligados às bruxas.
Mas qual será a origem dessa história? Que cuidados os tutores devem ter com seus felinos, principalmente, nesta época do ano? Quais são os mitos e verdades da relação entre os gatos pretos e o Dia das Bruxas?
É o que vamos buscar responder neste texto. Confira abaixo!
Origem da ligação entre os gatos pretos e o Halloween
Na Idade Média, os gatos pretos representavam mau agouro e azar. Nesse contexto, as pessoas relacionavam sua cor às trevas já que os bichanos têm hábitos noturnos. Inclusive a Igreja Católica perseguiu o animal nos tempos da Inquisição.
A associação com o Halloween ocorria porque, antigamente, mulheres mais velhas e sozinhas tinham o gato preto como companheiro. Isso, sem dúvida, mexia com o imaginário de muita gente que perseguia essas pessoas por serem possíveis simpatizantes à bruxaria.
Com o tempo, muitos desenhos animados e filmes incentivaram a ligação infundada que teve origem no tempo medieval. Histórias como essas também foram passadas de geração em geração. Por isso, o mito segue presente nos dias de hoje. Além disso, muitos gatos pretos ainda são cruelmente usados em rituais de magia atualmente.
Mitos e verdades
Gato preto dá azar: MITO! A crença é fruto da cultura da Idade Média em que pessoas de religiões pagãs e cuidadoras de gatos pretos eram perseguidas.
Gato preto é do demônio: MITO! Todos os animais têm a mesma origem, portanto os gatos pretos também merecem os mesmos cuidados e afeto que os demais. O que aconteceu foi que a superstição criou uma imagem negativa em cima desses bichinhos inocentes.
Gatos pretos são mais resistentes:VERDADE! Gatos pretos são mais resistentes a doenças do que gatos de outras cores. Além de possuírem genes mais resistentes, eles são tão dóceis e amáveis quanto todos os outros. Por isso, é tão importante reverter crenças equivocadas que tornam os gatos mais vulneráveis a abandonos e maus tratos.
Gatos pretos causam epidemias: MITO! Outra superstição que surgiu na Idade Média, apontou os gatos pretos como causadores de todos os males da época. A Peste Negra, por exemplo, foi uma epidemia que aconteceu entre os anos de 1347 a 1353, causada por uma bactéria proveniente dos ratos.
Gatos pretos precisam de mais cuidados:VERDADE! Em virtude do que trazemos neste texto, é necessário que os tutores de bichanos dessa pelagem adotem medidas de proteção mais contundentes para evitar maus tratos. No Halloween, por exemplo, há grupos envolvidos em ocultismo que utilizam a data para fazer rituais com gatos pretos. Diante disso, não somente nesta época do ano, mas sempre, é importante deixar os gatos pretos em lugares seguros. As casas e apartamentos devem ser telados para evitar que eles escapem e sejam vítimas de furto e de atropelamento.
Recentemente publicamos um texto aqui no site sobre os cuidados que você deve tomar com o seu pet nos dias mais frios. Vamos seguir no mesmo tema, mas falando de hiportemia, condição que pode acometer cães e gatos durante o inverno e podendo até levá-los a óbito. Confira a sequência de perguntas que foram respondidas pela Médica Veterinária daClínica Veterinária Espaço Animal, Rafaela Soppelsa:
1. O que é hipotermia?
A temperatura média do corpo dos pets varia de 37ºC a 39ºC. Abaixo disso, já é um estado hipotérmico. É preciso agir rápido para não reduzir mais.]
2. O que fazer?
Aquecer o animal, mantê-lo protegido de chuva, umidade e serração. Procurar atendimento clínico se não apresentar melhora.
3. Quais são os sintomas?
Tremores, corpo frio, extremidades frias, prostração, postura encolhida, atitude de busca em por um local quente.
4. A hipotermia pode levar à morte?
Sim.
5. Por quê?
A hipotermia reduz o fluxo sanguíneo. Assim o coração começa a bater mais devagar. O sangue sai das extremidades e se concentra nos órgãos vitais. A pressão baixa, o que desencadeia lesão nos órgãos alvo até que eles entrem em falência.
Plantão 24 horas
A Clínica Veterinária Espaço Animal oferece atendimento 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. Diante de dúvidas, contate (51) 3473 5650 ou (51) 99744 2355 (WhatsApp).
Petiscos em excesso e falta de exercícios, que resulta em sedentarismo, estão entre as principais causas da obesidade animal. O problema, que infelizmente é bastante comum entre gatos e cachorros, pode se tornar um vilão perigoso se não tratado corretamente.
Conforme explica o médico veterinário Hermes Raupp, da Clínica Espaço Animal, a obesidade nos pets pode desencadear uma série de complicações: “problemas locomotores, elevação do perfil lipídico, sedentarismo, doenças endócrinas e dermatites por não conseguir se higienizar” são algumas delas.
Porém, para a prevenção, apenas passear diariamente não basta. É necessário também que se tenha uma alimentação diária correta. Especialmente no caso dos gatos, que, muitas vezes são mais caseiros que os cachorros, o dono precisa estar atento ao ambiente da casa. “Deve ser feita a gatificação do ambiente. No caso, um enriquecimento ambiental, colocando nichos, arranhadores e brinquedos”, explica.
O diagnóstico pode ser feito de maneiras diferentes. Embora alerte que o ideal seja uma avaliação do escore corporal com um médico veterinário, Hermes explica que há alguns procedimentos e observações que o próprio tutor pode fazer. Um deles é apalpar as costelas do animal: o correto é que haja apenas uma fina camada de gordura sobre elas. Outra possibilidade é observar a sua cintura, uma vez que aqueles que estão acima do peso não as possuem.
Identificada a obesidade, é hora do tutor agir. É necessário que, a partir do acompanhamento médico, defina-se uma dieta balanceada para os pets. Ainda, na consulta com o profissional, será possível investigar se a condição acima do peso não se deve a alguma doença.