Novembro azul: quais são os sintomas de câncer de próstata?

Novembro é o mês de campanha mundial de combate ao câncer de próstata. Em pets domésticos, a doença é mais comum em cães do que nos gatos. 

Com o avanço da idade, os hormônios sexuais, passam a funcionar de modo irregular, estimulando a próstata para que ela aumente de tamanho, mude de forma e textura. O crescimento do órgão pode ser sinal de enfermidades, entre elas o câncer.

Veterinária Márcia Rambo

Segundo a Médica Veterinária, Márcia Rambo, por estar próxima de diversos órgãos, o maior volume na próstata causa sintomatologia variada, tanto no sistema urinário, quanto digestivo. Sintomas esses que dependem do quanto a glândula esteja aumentada, gerando desconforto e dor.

Sintomas

Os sintomas são, muitas vezes, comuns em outras enfermidades:

  • Dificuldade para urinar e defecar;
  • Presença de sangue na urina;
  • Gotejamento de sangue ou pus pelo pênis;
  • Infecções urinárias recorrentes;
  • Fezes em formato achatado em virtude da compressão da porção final do intestino com aumento da próstata.
  • Dor e aumento de volume abdominal;
  • Aumento de volume da região perineal (entre o saco escrotal e o ânus);
  • Dificuldade locomotora com “fraqueza” dos membros posteriores;
  • Perda de peso;
  • Falta de apetite;
  • Febre, vômito, apatia, espasmos musculares ao tentar urinar.

Diagnóstico

Diante de qualquer um desses sintomas, o tutor deve consultar um médico veterinário já que quanto antes houver tratamento, maior as chances de cura. “O diagnóstico é feito através de três pilares: informações trazidas pelo tutor, palpação retal e exame de sangue e imagem”, explica Márcia. 

Além disso, segundo a médica veterinária, a identificação de alterações na próstata considera a idade do paciente, o fato dele ser ou não castrado e o porte do animal, pois, apesar de não ter predileção racial, é mais comum em cães de grande porte.

Tratamento

Remover a próstata é a melhor forma de tratar doenças no órgão. A castração é aliada no tratamento quando ainda não foi feita no animal. Márcia salienta que a detecção de enfermidades em estágio inicial é mais eficiente e indica: “é de extrema importância a análise laboratorial do material removido (tumor), através de exame das células. Com base no tipo celular presente, é possível direcionar as terapias complementares, como quimioterapia, por exemplo”.

Prevenção

A melhor maneira de prevenir é o acompanhamento rotineiro do pet. Consultas anuais, a partir dos 5 anos de idade, para check-up são fundamentais. “Do ponto de vista dos tutores, é de suma importância a constante observação de seus pets a fim de notar qualquer alteração de comportamento”, conclui a veterinária.