A verticalização das cidades e o espaço cada vez menor das residências estão mudando o estilo de vida dos brasileiros. O que não muda, no entanto, é a vontade de ter uma companhia canina. Por causa disso, cada vez mais pessoas e famílias optam por cães de raças muito pequenas, que ocupam pouco espaço e são ideais para quem vive em apartamentos.
No Brasil, 55% do total de 34,9 milhões de cães são de porte pequeno, ou seja, até 10 kg, segundo dados da Euromonitor. Neste grupo, os cães muito pequenos, de até 4kg quando adultos, representam 40% da população, e este universo de cães tem crescido cerca de 18% a cada ano.
“Os cachorros pequenos vivem mais do que os grandes, mas também inspiram cuidados especiais”, explica Eduardo Kroth, Médico Veterinário e Gerente de Produto das Linhas Cães da Royal Canin do Brasil. Além de visitas frequentes ao pet shop para banho, tosa e consultas veterinárias regulares, é preciso conhecer as necessidades específicas dos cães miniaturas e cuidar de sua alimentação, tudo isso para que eles tenham uma vida melhor e mais longa junto de seus proprietários, esclarece Kroth.
Alta necessidade energética
Os cães miniaturas necessitam de um alimento que forneça muita energia, porém, em reduzido volume já que seu estômago é pequeno. “Eles não conseguem comer grandes quantidades, mas precisam de muita energia. Por isso, o alimento ideal para eles deve ter alta densidade energética”, explica o Médico Veterinário Eduardo Kroth.
Predisposição ao tártaro
Por terem dentes proporcionalmente grandes ao reduzido tamanho e espaço de sua boca, estes cãezinhos têm predisposição ao acúmulo de placa bacteriana, o que favorece a formação de tártaro e, consequentemente, mau hálito. O tártaro já pode estar presente nos filhotes de cães muito pequenos a partir dos seis meses de idade. Sendo assim, os cuidados devem começar cedo, com um alimento que auxilie a saúde dental, embora a escovação diária dos dentes também seja muito importante. “Vale lembrar que cães muito pequenos necessitam de um alimento com tamanho adequado (croquete pequeno), o qual facilita a preensão”, alerta Kroth.
Cálculos urinários
Além de uma predisposição genética, os cães de raças muito pequenas bebem pouca água e produzem um volume pequeno de urina, o que faz com que haja maior concentração de minerais, um dos fatores para a formação de cálculos urinários. “Para evitá-la é importante ter uma alimentação com equilíbrio adequado de minerais”, salienta Eduardo.
Constipação intestinal
Os cães que vivem em espaços pequenos, especialmente dentro de casa ou apartamento, normalmente não fazem muito exercício físico. Este fator, juntamente com o menor tempo de trânsito intestinal, característico dos cães muito pequenos, e a baixa ingestão de líquido, pode causar constipação intestinal. A quantidade e o tipo de fibras na dieta possuem um papel importante neste aspecto.
Doenças cardíacas na maturidade
Um cão muito pequeno possui alta expectativa de vida e pode viver, em média, cerca de 14 anos ou mais, ao lado de seu dono. Porém, após os oito anos de idade começam a aparecer os primeiros sinais de envelhecimento. A partir desta idade, um em cada seis cães de raças muito pequenas tem doenças cardíacas. Após os 12 anos, a proporção aumenta para um em cada quatro. A prevalência de sopro cardíaco nestes cães é bem maior do que em cães grandes.
Fonte: Assessoria de Imprensa, adaptado pela equipe Cães&Gatos.