É considerada a doença alérgica mais comum na rotina dermatológica, podendo corresponder a até 90% dos casos nos pacientes felinos com prurido e a 40% no caso dos caninos.
É causada pela saliva oriunda da picada das pulgas, principalmente Ctenocephalides felis, que possui mais de 15 componentes altamente alergênicos, independendo do número de pulgas presentes no animal.
Durante seu repasto sanguíneo (alimentação) no animal, as pulgas injetam saliva na pele com propriedades anticoagulantes. A proteína presente na saliva estimula o sistema imunológico do animal que é alérgico a reagir contra essa proteína e iniciam-se os sintomas. Vale lembrar que somente os animais alérgicos reagem a presença das pulgas, uma vez que podemos observar animais intensamente parasitados sem sintomas alérgicos. É difícil observar pulgas em animais alérgicos e isso pode ser explicado pelo fato de que apenas uma única pulga que pica o animal e sai pode desencadear a resposta alérgica. Muitas vezes identificamos somente a presença das fezes das pulgas.
As pulgas são ectoparasitas chamados temporários porque vão aos animais somente para alimentação, estando presente maciçamente no ambiente, ou seja, 5% das pulgas estão no animal e 95% estão no ambiente, sendo no ambiente o local onde as pulgas vão fazer a sua postura dos ovos.
O principal sintoma observado é o prurido (coceira) com intensidade variando de moderada a intensa. Muitas vezes podemos observar que o prurido apresenta sazonalidade, ou seja, que ocorre com mais freqüência em determinada época do ano, mais precisamente o verão, época de maior presença do parasita. Entretanto, alguns animais apresentam prurido durante todo o ano.
O tratamento visa a eliminação dos ectoparasitas no animal e no ambiente (assim como seus ovos), controle do prurido e tratamento dos contactantes (outros animais da casa).
O tratamento dos contactantes é importante uma vez que são carreadores assintomáticos do agente. Isso é feito através da utilização de parasiticidas no animal, seus contactantes e no ambiente, conforme orientação do Médico Veterinário.

Local de maior incidência de lesões por DAPP